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Greve nos bares dos comboios

Os trabalhadores da Servirail (bares dos comboios) começaram nesta quinta-feira greve por aumentos de salários e em defesa de direitos, que a empresa quer retirar.
Os trabalhadores da Servirail (bares dos comboios) começaram nesta quinta-feira greve por aumentos de salários e em defesa de direitos, que a empresa quer retirar
Os trabalhadores da Servirail (bares dos comboios) começaram nesta quinta-feira greve por aumentos de salários e em defesa de direitos, que a empresa quer retirar

A Servirail serve o serviço de refeições dos bares dos comboios Internacional, Alfa Pendular e Intercidades e os trabalhadores estão em greve desde as zero horas de 28 de junho. A paralisação pode prolongar-se por tempo indeterminado, dependendo da decisão que os trabalhadores tomem nos plenários marcados para todas as manhãs.

Na última reunião de negociações, a empresa alterou a sua proposta de aumentos salariais de 8 para 9 euros, o que, segundo salienta o sindicato da hotelaria do Norte da CGTP, não repõe sequer o valor da inflação registado em 2017. Os trabalhadores reivindicam um aumento de 25 euros.

O sindicato acusa também a empresa de querer retirar direitos: “reduzir o pagamento do trabalho suplementar de 100 por cento para 25 por cento na primeira hora e de 35 por cento na 2.ª hora; reduzir o pagamento do trabalho em dia de descanso semanal de 100 por cento para 50 por cento; reduzir o pagamento do trabalho em dia feriado de 100 por cento para 50 por cento; retirar o direito à alimentação em espécie (2 sandes e 2 sumos diários) e pagar o subsídio de alimentação apenas nos dias de trabalho efetivo (pagar apenas 20 dias/ mês em lugar de 22 dias/mês).

“A greve está a ter uma elevada adesão, deixando a maioria dos comboios Alfa Pendular e Intercidades sem refeições e serviço de bar"

Francisco Figueiredo da direção do sindicato disse à agência Lusa, nesta quinta-feira: "na última reunião de negociações a empresa concessionária dos bares e restaurantes dos comboios subiu a sua proposta de 8 para 9 euros, mas os trabalhadores não aceitam porque isso nem repõe as perdas resultantes da inflação, por isso, no plenário de hoje, decidiram continuar amanhã em greve e amanhã decidirão se continuam no fim de semana".

“A greve está a ter uma elevada adesão, deixando a maioria dos comboios Alfa Pendular e Intercidades sem refeições e serviço de bar", disse ainda Francisco Figueiredo, salientando também que a maioria dos trabalhadores ganha cerca de 600 euros e têm falta de condições trabalho.

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