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Greve no call center PT/Meo no Porto contra a precariedade

“O comando da precariedade é MEO. Melhores salários e estabilidade laboral”, é uma das frases usadas no protesto que levou cerca de 200 trabalhadores a fazer greve.
Montagem sobre foto de Carla Arena/Flickr

Os trabalhadores em greve no call center da PT/Meo no Porto exigem um aumento de salário para os 600 euros e a integração na empresa. Ao todo serão cerca de 400 trabalhadores subcontratados pela agência Manpower nesta situação, afirmou à agência Lusa Nelson Leite, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (Sinttav).

“Os trabalhadores exigem que o seu vínculo seja com a empresa PT, a empresa que verdadeiramente usufrui do seu serviço há anos”, acrescentou o sindicalista, apontando casos de trabalhadores ao serviço da empresa há mais de uma década e que continuam em situação precária.

“Nós não estamos a fazer um trabalho temporário, eu trabalho há 16 anos para a MEO. Trabalhei na Boavista, trabalhei em Santo Tirso, trabalho aqui, há 16 anos, ou seja, a empresa deveria contratar-nos como empregados deles, não como da Manpower, porque por quem nós damos o nome quando estamos a atender o telefone é a MEO. Nós não dizemos ‘boa tarde, Manpower’; dizemos ‘boa tarde, MEO’”, afirmou Elisabete Magalhães, uma das trabalhadoras em greve que, à semelhança de muitas outras, ganha o salário mínimo.

As empresas (Meo e Manpower) sempre se recusaram a ouvir as reivindicações destes trabalhadores, expressas em plenários em novembro e dezembro. “Não se dignam a ouvir as nossas preocupações, nada. Eles não valorizam o nosso trabalho. Eles cingem-se ao ordenado mínimo, ou seja, o ordenado mínimo deveria ser um valor de referência, não era para eles se cingirem àquilo”, lamentou Elisabete Magalhães.

Os trabalhadores vão continuar a exigir 600 euros de salário para quem hoje ganha o salário mínimo e um aumento de 4%, nunca inferior a 40 euros, para quem ganha acima desse valor.

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