Em declarações à Lusa sobre a greve desta segunda-feira no call center da EDP em Seia, António Coelho, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro-Norte (SITE C-N), diz ser “inaceitável” que o salário mínimo nacional “seja usado pelas empresas para que o seu valor passe a funcionar como a referência salarial geral”.
“Pelo contrário, a atualização da remuneração mínima garantida deve inserir-se num aumento geral dos salários”, defendeu o sindicalista. Estes trabalhadores exigem aumentos de 40 euros em 2017 e querem recuperar a ausência de aumentos salariais no ano anterior.
A atual entidade patronal é a empresa Manpower, que substituiu a Reditus. O sindicato e a anterior empresa tinham negociado em 2014 um acordo que previa aumentos de 30 euros e uma carreira com cinco escalões, em que o primeiro era remunerado 15 euros acima do salário mínimo.
A proposta da Manpower que o sindicato rejeitou previa que os trabalhadores auferissem o salário mínimo de 557 euros durante quatro anos, 560 euros no quinto e sexto ano e de 565 euros no sétimo e oitavo ano ao serviço da empresa.