Greve no call center da EDP em Seia

12 de fevereiro 2017 - 19:11

A luta é por aumento de salários, após a Manpower ter proposto pagar o salário mínimo ao longo de quatro anos e aumentos entre 3 e 8 euros a partir daí.

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Trabalhadores em luta no call ecnter da EDP em Seia. Foto Fiequimetal.

Em declarações à Lusa sobre a greve desta segunda-feira no call center da EDP em Seia, António Coelho, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro-Norte (SITE C-N), diz ser “inaceitável” que o salário mínimo nacional “seja usado pelas empresas para que o seu valor passe a funcionar como a referência salarial geral”.

“Pelo contrário, a atualização da remuneração mínima garantida deve inserir-se num aumento geral dos salários”, defendeu o sindicalista. Estes trabalhadores exigem aumentos de 40 euros em 2017 e querem recuperar a ausência de aumentos salariais no ano anterior.

A atual entidade patronal é a empresa Manpower, que substituiu a Reditus. O sindicato e a anterior empresa tinham negociado em 2014 um acordo que previa aumentos de 30 euros e uma carreira com cinco escalões, em que o primeiro era remunerado 15 euros acima do salário mínimo.

A proposta da Manpower que o sindicato rejeitou previa que os trabalhadores auferissem o salário mínimo de 557 euros durante quatro anos, 560 euros no quinto e sexto ano e de 565 euros no sétimo e oitavo ano ao serviço da empresa.