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Greve na Valorsul esta terça-feira

Os trabalhadores afirmam que a administração os desvaloriza e insiste que a empresa “tem condições para responder positivamente” às reivindicações. Nos últimos anos, os seus lucros foram de 23,5 milhões de euros enquanto que para os trabalhadores vão “migalhas”.
Instalações da Valorsul. Foto de Rehman Abubakr/wikimedia Commons.
Instalações da Valorsul. Foto de Rehman Abubakr/wikimedia Commons.

O SITE CSRA acredita que acontecerá uma “grande greve” na Valorsul, apesar desta ser prejudicada por os serviços mínimos decretados serem “desajustados”. Esta terça-feira, dia 19, a paralisação pretende “demonstrar à administração o descontentamento com as sua propostas, que continuam a não valorizar os trabalhadores”.

Em comunicado, a estrutura sindical esclarece que esta forma de luta foi adotada nos plenários de trabalhadores do passado dia 1. As negociações para a revisão do Acordo de Empresa começaram em fevereiro mas “chegámos ao mês de Julho e a administração da empresa não apresentou propostas que valorizassem os trabalhadores e ainda retirou a majoração dos dias de férias para os trabalhadores em horário geral”.

Do caderno reivindicativo dos trabalhadores fazem parte questões como: “aumentos salariais justos que deem condições aos trabalhadores para fazerem face ao enorme custo de vida que se verifica, mas também que reponham o poder de compra perdido nos últimos anos; valorização das carreiras profissionais de algumas categorias; atribuição de dias de férias, pelos anos de antiguidade, aos trabalhadores em horário geral; reclassificação profissional dos trabalhadores da manutenção; revisão das regras de progressão salarial das categorias constantes no Subgrupo Vb e melhores condições de Segurança e Saúde no Trabalho.

O sindicato insiste que a empresa “tem condições para responder positivamente” às reivindicações. “Basta analisar os lucros obtidos nos últimos anos, que foram superiores a 23,5 milhões de euros, e os custos com o pessoal aumentaram neste período menos de 4 milhões de euros”. Assim, dizem, a administração não pode “continuar a disponibilizar migalhas para os trabalhadores e não reconhecer que são estes que, com o seu profissionalismo e dedicação, contribuem para os lucros obtidos”.

A greve começa à meia noite de dia 19 de julho e termina no dia seguinte às 8 horas. Vai afetar a recolha de lixo nos concelhos onde a empresa opera, nomeadamente Alcobaça, Alenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lisboa, Loures, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Odivelas, Peniche, Rio Maior, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira.

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