Doze estruturas sindicais de trabalhadores da CP marcaram uma greve para esta segunda e quarta-feira. De acordo com a empresa, os resultados da paralisação ao início desta segunda-feira são expressivos. A CP indica que até às 07.00 horas foram suprimidos 92 comboios dos 146 programados numa greve que conta com serviços mínimos de 20% nos comboios urbanos e regionais.
Nenhuma das viagens de longo curso foi efetuada, ao passo que 29 viagens regionais e 38 urbanas em Lisboa e 15 no Porto foram suprimidas.
À Lusa, o primeiro balanço dos sindicatos é “muito positivo” falando-se numa “adesão forte”. José Manuel Oliveira, coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), afirma que os comboios que estão a sair são apenas os enquadrados nos serviços mínimos, que se têm verificado “perturbações na circulação” e que “as bilheteiras das estações estão encerradas”.
A greve foi convocada pelos sindicatos ASCEF, ASSIFECO, FENTCOP, SINAFE, SINDEFER, SINFA, SINFB, SIOFA, SNAQ, SNTSF, STF e STMEFE que tinham emitido um comunicado conjunto em que afirmam ter apresentado alternativas à proposta apresentada pela administração que esta não aceito nem apresentou os ajustes às tabelas indiciárias que era suposto apresentar.
Este sindicato consideraram que “na mesa de negociação não estava ninguém com a capacidade de tomar decisões” e pretendem que se realize uma reunião com a presença do presidente da administração e representantes do Ministério das Infraestruturas e Habitação.
Em causa está o aumento de polivalência de funções e a não valorização da grelha salarial.
Os sindicatos consideram ainda “inaceitável” que a administração da CP tenha garantido que ia aplicar a todos os trabalhadores um acordo feito com uma organização sindical mas depois tenha querido condicionar isso à aceitação da sua proposta de regulamento de carreiras.