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Greve na Catalunha marcada por cortes de estradas e ferrovias

A greve convocada pela central sindical independentista afetou sobretudo a mobilidade de pessoas e mercadorias, com piquetes e manifestações pela liberdade dos presos políticos catalães.
Autoestrada cortada por piquetes da greve de 8 de novembro na Catalunha. Foto publicada em El Nacional.

Para a realização desta greve geral, o sindicato minoritário Intersindical CSC contou com o apoio das associações independentistas ANC e Ómnium Cultural, bem como dos Comités para a Defesa da República. UGT e CCOO, as centrais maioritárias, não apelaram à greve. Mas apesar da adesão não ter sido maioritária nas grandes cidades, o objetivo de parar o país cumpriu-se sobretudo através de cortes das vias de comunicação.

As principais estradas e linhas férreas catalãs sofreram cortes durante toda a manhã, incluindo os acessos às fronteiras com França, Andorra, Aragão e País Valenciano, provocando filas de vários quilómetros e muitas horas de paralisação. O presidente da Confederação Espanhola de Transportes de Mercadorias avaliou as perdas causadas pela greve em 25 milhões de euros.

Em Barcelona, o metro funcionou quase sem perturbações, mas a empresa anunciou ao fim da manhã que o número de passageiros caiu 20%, um sinal do efeito da greve, seja na adesão ou no atraso provocado pelos cortes nos acessos à principal cidade catalã.

Ao meio dia, milhares de manifestantes concentraram-se na Praça de Sant Jaume para exigirem a libertação dos presos políticos. Está marcada outra concentração para as 18h na Praça da Catedral.

Em Girona, a estação ferroviária de onde parte o comboio de alta velocidade esteve ocupada por cerca de mil manifestantes durante toda a manhã. Para além dos comboios para Barcelona, foram afetadas as linhas com destino a Madrid, Paris e Lyon. Noutras cidades da Catalunha, foram convocadas concentrações no âmbito desta greve, com grande participação popular.
 

 

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