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Greve dos trabalhadores dos museus com adesão de 80%

Neste sábado, segundo dia da greve dos trabalhadores dos museus, a adesão está nos 80% e vários museus estão encerrados. O protesto é, nomeadamente, contra a falta de pessoal e o trabalho precário, pela reposição do pagamento a cem por cento do trabalho nos feriados.
A Torre de Belém está encerrada neste sábado, devido à greve dos trabalhadores dos museus - Foto wikimedia
A Torre de Belém está encerrada neste sábado, devido à greve dos trabalhadores dos museus - Foto wikimedia

Segundo os sindicatos, a greve dos trabalhadores des museus, palácios, monumentos e sítios arqueológicos do ministério da Cultura, está com 80% de adesão neste sábado, 31 de março, segundo dia de greve.

Artur Sequeira, da federação nacional dos sindicatos dos trabalhadores em funções públicas e sociais (FNSTFPS), disse à agência Lusa que no “segundo dia de greve” a “adesão aproxima-se dos 80% do ano passado”. A greve é de dois dias e na sexta-feira a adesão foi de cerca de 55%.

Devido aos efeitos da greve, estão totalmente encerrados neste sábado a Torre de Belém, os museus nacionais do Traje e da Moda, de Arte Antiga, de Arte Contemporânea, da Arqueologia, o antigo museu dos coches, o Convento de Cristo, o Museu de Évora, o Paço dos Duques de Bragança, o Museu Nacional Soares dos Reis, o Museu Tavares Proença Júnior e o Museu Nacional Grão Vasco.

Noutros monumentos há uma adesão à greve de cerca de 60%, como nos seguintes museus e mosteiros: novo Museu Nacional dos Coches, Museu Nacional do Azulejo, Mosteiro da Batalha, Mosteiro de Alcobaça, Museu Nacional Machado de Castro, Museu Monográfico de Conímbriga e Mosteiro de S. Martinho de Tibens.

Em conferência de imprensa, realizada a 22 de março, os dirigentes sindicais da FNSTFPS, criticaram a “falta de reflexo das receitas do turismo” na atividade, e a ausência de resposta do Ministério da Cultura às reivindicações.

“Se há um aumento dos visitantes e das receitas de bilheteira e das lojas, também há condições para melhorar muitos dos aspetos da situação dos trabalhadores”, defendeu Artur Sequeira.

Os sindicatos apontam que a greve nacional de dois dias dos trabalhadores dos museus se deve, sobretudo, à “falta crónica de pessoal” e ao “recurso a precários para satisfazer as necessidades permanentes de trabalhadores”. E exigem “o direito ao gozo do feriado da semana Santa” e “a integração dos trabalhadores precários”.

Segundo a Lusa, os trabalhadores reivindicam também o pagamento imediato do trabalho suplementar, a reposição do pagamento a cem por cento do trabalho em dias de feriado e fim-de-semana, a contagem de todo o tempo de serviço para progressão na carreira, independentemente do tipo de contrato de trabalho, o pagamento do abono por falhas, a regulamentação dos fardamentos, o fim do processo de municipalização e a reposição de carreiras especiais, na área da cultura.

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