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Greve de sexta-feira deverá paralisar totalmente os comboios

Os trabalhadores da CP, da EMEF e da Infraestruturas de Portugal (IP) vão fazer uma greve de 24 horas esta sexta-feira, em luta pelo cumprimento dos acordos deste ano. Não haverá serviços mínimos de passageiros e nem transportes alternativos.
Foto de Paulete Matos.

Para esta sexta-feira, dia 7 de dezembro, está prevista uma greve de 24 horas dos trabalhadores da CP, da EMEF e da Infraestruturas de Portugal (IP).

Em comunicado, publicado na página de internet da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), é sublinhado que os trabalhadores vão “estar em luta pelo cumprimento dos acordos deste ano, que não estão a ser respeitados pelo governo e administrações das empresas”.

A FECTRANS explica que, em processos de negociação com as administrações, com a intervenção direta dos Ministérios do Planeamento e das Infraestruturas, do Trabalho e das Finanças, foram feitos em acordos na CP, da EMEF e da Infraestruturas de Portugal (IP), que além das atualizações remuneratórias para 2018, determinavam igualmente que iriam prosseguir negociações com vista à revisão das convenções colectivas existentes.


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No entanto, na CP não existiu nenhuma reunião para discussão efetiva de qualquer matéria, quando foi acordado que o resultado desta negociação tem efeitos a 1 de outubro passado. Já na EMEF, “depois de um período de negociação onde foram discutidas e acordadas diversas matérias, o processo foi suspenso pelo governo e pela administração, no passado mês de Setembro, sem qualquer justificação”, esclarece a Federação.

Quanto à IP tem existido negociações, “mas quanto à discussão das questões centrais tem havido pouco progresso, porque é intenção do governo, reflectir nas contas das remunerações para o próximo ano, os valores acordados e aplicados em 2018”.

Neste contexto, “perante uma posição igual do governo para as 3 empresas, só resta aos trabalhadores das mesmas, responderem de forma convergente, independentemente das particularidades de cada processo”, escreve a FECTRANS.

O tribunal arbitral nomeado pelo Conselho Económico e Social (CES) decidiu, entretanto, que não haverá serviços mínimos de passageiros na sexta-feira.

A CP comunicou, por outro lado, que se prevêem “supressões de comboios a nível nacional em todos os serviços no dia 7 de dezembro” e que “não serão disponibilizados transportes alternativos”.

A CP anunciou ainda que os passageiros podem pedir o reembolso do valor total dos bilhetes comprados para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, InterRegional, Regional e Celta. Os pedidos devem ser apresentados até 10 dias após a paralisação.

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