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Greve climática juntou jovens em 99 países

Do Bangladesh à Finlândia, Itália ou Serra Leoa, centenas de milhares de jovens em 99 países participaram na ação internacional que antecipa a cimeira da Cop26 em Glasgow no próximo mês de novembro.
Nos Países Baixos, milhares de estudantes participaram em greves estudantis em Utrecht e várias outras cidades. Imagem do protesto em Utrecht via Sem van der Wal via EPA/Lusa.
Nos Países Baixos, milhares de estudantes participaram em greves estudantis em Utrecht e várias outras cidades. Imagem do protesto em Utrecht via Sem van der Wal via EPA/Lusa.

Milhares de jovens em todo o mundo protestaram esta sexta-feira na primeira greve contra as alterações climáticas desde o início da crise pandémica. A ação internacional antecipa a cimeira da Cop26, a decorrer em Glasgow em novembro, e juntou centenas de milhares de jovens em 99 países.

Na Alemanha, os ativistas planearam cerca de 400 manifestações independentes. Em Berlim, juntaram-se cem mil ativistas, incluindo Greta Thunberg. Na África do Sul, milhares de estudantes ocuparam as ruas em doze cidades como parte de uma greve de três dias, exigindo ao governo que avance com políticas de transição socialmente justas.

Na Cidade do México, os grevistas protestaram frente ao Palácio Nacional exigindo que a petrolífera estatal Pemex comece o processo de descarbonização da empresa. Por seu lado, no Bangladesh, exigiram que o governo coloque de lado os planos para uma nova planta de energia a carvão. No Reino Unido, várias cidades foram marcadas protestos com centenas de pessoas no centro de Londres.

Em declarações à Socialist Worker, um grevista afirmou que os líderes políticos “estabelecem metas para o Reino Unido atingir a neutralidade carbónica em 2050. Isto é demasiado tarde e precisa de acontecer décadas mais cedo”.

Outro manifestante questionou a Cop26. “Esta é a vigésima sexta Cop. Então porque razão só agora estão a assumir que os problemas que temos pela frente são graves e irão afetar todos?”, questionou.

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