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Governo alemão proíbe site da rede Indymedia

A operação policial fez buscas com vista a encerrar o site que difunde informação e iniciativas antifascistas e anticapitalistas, como os recentes protestos contra o G20 em Hamburgo.

As razões da operação policial foram apresentadas esta sexta-feira pelo ministro do Interior Thomas de Maziere. Citado pela Deutsche Welle, o ministro alegou que o site em causa – linksunten.indymedia.org – “semeia o ódio contra opiniões diferentes e representantes do país”.

Para contornar as acusações de ataque à liberdade de expressão, o ministro afirmou que as autoridades consideram o site como uma associação e não um órgão de informação, uma estratégia que será provavelmente contestada em tribunal. “Uma plataforma agora é um clube? Onde se pode encontrar a informação de que a linksunten.indymedia é/pode ser um clube?” questionou no Twitter a deputada do Die Linke, Halina Wawzyniak.

O responsável pela pasta do Interior do estado de Baden-Württemberg, também membro da CDU alemã, confirmou que estavam várias buscas em curso para apreender computadores e outro material dos administradores do site, que podem até ser acusados de associação terrorista.

A poucas semanas das eleições legislativas e na sequência das noites de confrontos em Hamburgo durante a cimeira do G20, o governo de Angela Merkel prometeu atacar as redes anarquistas e da extrema-esquerda. Mas apesar das centenas de detenções nos dias da cimeira, até agora apenas uma pessoa foi acusada pela justiça pelos distúrbios que abalaram a cidade.

O site Linksunten.indymedia.org tem servido de fórum para discutir ideias e divulgar a agenda do movimento anticapitalista e antifascista na Alemanha. Foi criado em 2008 como um portal da rede Indymedia dirigido ao sul do país, mas ganhou projeção ao longo dos anos, com muitos milhares de utilizadores diários. O outro site em alemão desta plataforma internacional criada no início da mobilização antiglobalização – de.indymedia.org, criado em 2001 – não foi afetado por esta proibição.

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