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Gaza provoca demissão no governo britânico
Sayeeda Warsi fez parte do Governo desde 2012, com pastas ligadas aos Negócios Estrangeiros e ao diálogo interreligioso, deixando então a co-presidência do Partido Conservador. Na sua carta de demissão publicada esta terça-feira, Warsi diz que "a abordagem recente ao longo da atual crise em Gaza é moralmente indefensável, contrária ao interesse nacional e terá um impacto prejudicial no longo prazo para a nossa reputação internacional e interna".
Para a ex-governante de ascendência paquistanesa, que em 2007 se tornou o membro mais jovem da Câmara dos Lordes, a política britânica para Gaza "não é consistente com os nossos valores, em especial com o nosso compromisso com o cumprimento da lei e a nossa longa história de apoio à justiça internacional".
Para a ex-governante de ascendência paquistanesa, que em 2007 se tornou o membro mais jovem da Câmara dos Lordes, a política britânica para Gaza "não é consistente com os nossos valores, em especial com o nosso compromisso com o cumprimento da lei e a nossa longa história de apoio à justiça internacional".
Warsi também aponta o dedo à recente remodelação governamental, e nomeia as saídas de Kenneth Clarke, Dominic Grieve e William Hague - o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros que passou a liderar a Câmara dos Comuns - como uma das causas para "o grande incómodo em todo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, tanto entre governantes como altos funcionários, quanto à forma como as decisões recentes foram tomadas".
Venda de armas a Israel causou escândalo na imprensa britânica
Este fim de semana, o Independent publicou uma reportagem revelando provas de que as armas vendidas pelo governo a Israel - somando cerca de 53 milhões de euros desde 2002 - foram usadas em grande escala no massacre dos palestinianos de Gaza nas últimas semanas.
A reportagem ganhou dimensão política, com a oposição trabalhista a exigir responsabilidades e o esclarecimento quanto ao nível de apoio militar britânico a Israel, numa altura em que a Amnistia Internacional e outras ONG apelavam a um embargo na venda de armamento a Telavive.
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