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"Garantir que quem começou carreira contributiva aos 14 anos tenha a reforma aos 60"

No debate com o primeiro-ministro, Catarina Martins afirmou que “Governo não pode continuar a falhar à geração que começou a trabalhar criança”, abordou a necessidade de alterar escalões do IRS para garantir justiça fiscal e defendeu a nacionalização do Novo Banco.

No debate com o Primeiro-ministro António Costa, que teve lugar nesta quarta-feira 12 de abril, a coordenadora do Bloco de Esquerda começou por colocar em debate as “muito longas carreiras contributivas”, salientando que “há uma expectativa nas pessoas, que é correta, ansiosa e a que temos de responder”: “que o problema esteja resolvido rapidamente”.

“Cada dia que passa é um dia que estamos a falhar às pessoas e o governo não pode continuar a falhar à geração que começou a trabalhar criança” realçou Catarina Martins.

A deputada alertou que “muitas crianças começaram a trabalhar com 10, com 12 anos, mas muito poucas começaram a descontar antes dos 14 anos”, pelo que só se consegue “responder à geração que começou a trabalhar criança, se dermos direito à reforma aos 60 anos sem penalização”.

“Quem tem 60 anos e 40 anos de carreira contributiva deve ter reforma por inteiro”, sublinhou a dirigente bloquista.

“As reformas antecipadas são a forma de fazer justiça à geração que começou a trabalhar nova de mais, mas também são a forma de fazer justiça às gerações mais jovens que hoje procuram emprego”, destacou ainda Catarina Martins.

Garantir justiça fiscal para corrigir injustiça deixada pela direita”

No debate, a coordenadora bloquista abordou em segundo lugar a necessidade de alterar os escalões do IRS, para garantir justiça fiscal.

“Os impostos são pouco progressivos e por isso pouco justos” apontou a deputada, considerando que o desafio é aumentar a progressividade no IRS, para garantir “justiça fiscal para começar a corrigir a enorme injustiça que a direita fez a este país”.

Nacionalização do Novo Banco”

Em terceiro lugar, a coordenadora do Bloco de Esquerda recolocou o problema do Novo Banco.

O Bloco de Esquerda ficou muito preocupado com a posição da comissária europeia, que diz que o governo nunca pôs em cima da mesa o cenário de nacionalização do Novo Banco”, afirmou a deputada, estranhando a situação.

Catarina Martins anunciou então que “o Bloco de Esquerda não deixará este tema sem vir à Assembleia da República”, referindo que “a resolução do BES e o Novo Banco foi uma conta demasiadamente grande que PSD e CDS deixaram para este governo” e sublinhando: “a entrega do Novo Banco à Lone Star é uma conta demasiadamente grande que este governo deixa para o próximo governo”.

Catarina Martins anunciou que no dia 21 a Assembleia da República debaterá o Novo Banco e o Bloco de Esquerda fará a proposta concreta de nacionalização do Novo Banco”.

Nos vídeos abaixo pode aceder às três intervenções da Coordenadora do Bloco de Esquerda, por ordem, e às respetivas respostas do primeiro-ministro.

Catarina Martins: "Garantir que quem começou a carreira ao 14 anos tenha a reforma aos 60 anos"

Catarina Martins: "É preciso garantir justiça fiscal para corrigir a injustiça que a direita deixou"

Catarina Martins: "Nacionalização do Novo Banco é que melhor defende os interesses do país"

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