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Futebol inglês junto contra o racismo

Durante quatro dias, Ligas, representantes de treinadores, árbitros e jogadores vão boicotar as redes sociais como forma de protesto contra os abusos racistas online.
"Não há espaço para o racismo" no futebol. Faixa de uma campanha do Kick it Out.
"Não há espaço para o racismo" no futebol. Faixa de uma campanha do Kick it Out.

O silêncio do futebol inglês deverá falar bem alto no próximo fim-de-semana nas redes sociais. A Federação Inglesa de Futebol, a Premier League, a Liga Inglesa de Futebol, a Super-Liga feminina de futebol, o Campeonato das mulheres, os clubes que as integram, as associações de adeptos, de árbitros, de treinadores e de jogadores, bem como a associação anti-racista Kick it Out, anunciaram que se juntarão para denunciar os abusos racistas online.

Entre as três da tarde de 30 de abril e as 11.59 de três de maio, estas entidades irão boicotar Facebook, Twitter e Instagram num protesto inédito. Pretendem assim manifestar-se contra o abuso persistente de jogadores “e muitas outras pessoas ligadas ao futebol” nas redes sociais e contra a falta de medidas destas redes sociais para o travar. Querem ainda que o governo implemente uma “legislação forte” que responsabilize não só os autores de crimes de ódio online mas também as redes sociais que continuam a não agir contra estes.

Em comunicado, dizem que o boicote “mostra que o futebol inglês se junta para enfatizar que as empresas de redes sociais devem fazer mais para erradicar o ódio online”. E lembram que no passado mês de fevereiro tinham pedido às empresas proprietárias das redes sociais que fossem mais rápidas a bloquear ou retirar publicações ofensivas e que melhorassem a colaboração com a polícia de forma a identificar os seus autores. Pedidos que reiteram “num esforço para conter o fluxo implacável de mensagens discriminatórias e garantir que haja consequências na vida real para os fornecedores de abuso online em todas as plataformas”.

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