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“Fundos disponíveis têm que ser para investir e criar emprego agora”

Marisa Matias esteve esta quarta-feira na Região Autónoma da Madeira, onde reuniu com os autarcas do Funchal e de Santa Cruz, referindo que estes também “estão na linha da frente da respostas aos problemas que as pessoas enfrentam” nestes tempos de pandemia, sublinhando que “o poder local é um instrumento muito importante para que essa resposta seja uma resposta de maior proximidade”.
Para a candidata presidencial, esta crise veio “destapar problemas estruturais do nosso país que continuam a existir” como a pobreza e as desigualdades - que se intensificaram neste contexto pandémico. Marisa lembrou igualmente “o problema da precariedade [que] colocou tanta gente no desemprego” e “o problema de um Serviço Nacional de Saúde que está a dar resposta na pandemia mas que precisa da nossa resposta e de investimento real”. Nesse sentido, “precisamos de ter respostas que cheguem às pessoas e que possam estar agora disponíveis, neste momento, para quem está mais a sofrer”.
Sobre os fundos disponíveis, reforçou que têm de servir para “criar emprego agora, para investir agora, não é para repor os níveis de investimento que foram cortados” e que “todas as esferas do poder têm que estar envolvidas, incluindo aquelas que estão mais próximas da população”.
“Agora e no futuro muito próximo, se as questões da descentralização e da lei das transferências de financiamento das Regiões Autónomas não forem revistas no sentido de serem postas em prática como devem ser e como devem estar consagradas, nós teremos problemas muito graves, ainda mais graves num território que já tem tanta pobreza e tanta desigualdade como é a região autónoma da Madeira”, alertou Marisa.
No entender de Marisa Matias, os próximos cinco anos do mandato do Presidente da República serão essenciais e será preciso dar condições para “alterar as leis laborais que permitam que as pessoas não caiam na pobreza” e “aproveitar para poder responder aquelas que são as necessidades do principal pilar da nossa democracia e aproveitar também para ter uma política de apoio à economia que nos permita salvar as empresas e os empregos deste país”.
No que diz respeito ao caso particular da Região Autónoma da Madeira, onde o turismo assume um papel de destaque na economia, disse ser preciso “usar os apoios para combater o trabalho precário e a forma como a precariedade atirou tantos milhares de pessoas para o desemprego e para a pobreza” e proteger essas pessoas que trabalham nesses setores - do turismo, da hotelaria, da cultura - e que não se encontravam protegidas por leis laborais.
Alerta, no entanto, que “não basta apoiá-los nesta emergência, é preciso os apoios de emergência, é preciso garantir os rendimentos, mas é preciso aproveitar os anos que temos pela frente para garantir que a legislação laboral está de tal forma a proteger os trabalhadores que não voltem a cair numa situação de pobreza em situações de crise seja ela de que natureza forma”, concluiu Marisa.
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