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“Foi possível criar vínculos laborais”

Este sábado, Catarina Martins encontrou-se com ajudantes familiares da Santa Casa da Misericórdia, que conseguiram vínculos laborais. No encontro, referiu o conjunto de discriminações de que estas trabalhadoras são alvo. Beatriz Dias saudou a perseverança e a intransigência da luta para combater o racismo estrutural da sociedade portuguesa.

Mais de 500 ajudantes familiares da Santa Casa da Misericórdia assinaram contrato no dia 17 deste mês. A coordenadora do Bloco encontrou-se na manhã deste sábado com estas trabalhadoras, referindo o privilégio que foi ter estado ao seu lado nesta luta.

“Nas ajudantes familiares juntam-se todas as discriminações – mulheres, negras, migrantes”, afirmou Catarina Martins, referindo ainda as condições de trabalho em que se encontravam, “sem direitos nenhuns, férias, baixa médica”.

“Fizeram uma enorme luta e, embora a Santa Casa de Lisboa não esteja abrangida pelo PREVPAP, também foram abrangidas pelos contratos”, acrescentou.

“Estas mulheres disseram-nos desde o início que eram alvo de todas as discriminações e que não tinham voz”, informou a coordenadora do Bloco, sublinhando a importância de “termos uma deputada negra, que tem sido a voz da luta anti-racismo”, em referência a Beatriz Dias, terceira da lista por Lisboa às próximas eleições legislativas.

Catarina Martins referiu ainda que “para lá do PREVPAP, foi possível criar vínculos laborais” e que “infelizmente, há zonas em que ainda não foi cumprido e lutamos todos os dias pelos vínculos”. “Na legislação laboral, há muito por fazer, mas há que sublinhar o que fizemos. Não o fizemos sozinhos, tudo isto foi possível graças à convergência que houve no parlamento”, rematou a coordenadora do Bloco de Esquerda.

Beatriz Dias elogiou a “perseverança e intransigência da luta para combater o racismo estrutural da sociedade portuguesa”. A candidata a deputada lembrou ainda que “estas profissões são as menos valorizadas”, sendo pautadas pelos “salários mais baixos”.

Beatriz Dias sublinhou ainda a necessidade de se “impedir situações de exploração em que o trabalho não é reconhecido nem remunerado”. Neste caminho, “este exemplo é uma esperança” para “transformar e superar a exclusão” e “tornar a sociedade mais justa”.

 

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