Foram aos milhares as pessoas que em vários continentes se manifestaram este sábado em apoio à causa palestiniana num momento em que o processo de genocídio liderado pelo Estado de Israel já matou mais de 41.000 pessoas em Gaza.
Na Europa, houve manifestações por exemplo em Paris, Londres, Amesterdão, Edimburgo, Copenhaga, Estocolmo, Berlim, Atenas, Hamburgo, Belgrado e Roma. Em vários pontos, houve manifestações proibidas por “suspeitas” de que poderiam haver “celebrações” do ataque feito pelo Hamas a 7 de outubro do ano passado. Esse foi precisamente o caso da capital italiana, onde a manifestação tinha sido proibida por “motivos de segurança pública”, invocando a polícia precisamente a possibilidade de expressões de apoio ao Hamas. Isso não impediu que milhares se tivessem concentrado na Plaza Ostiense, tendo a polícia reprimido a manifestação, lançando gás lacrimogéneo e usando canhões de água e bastões para dispersar a manifestação quando alguns dos participantes tentaram sair da zona a que as autoridades os queriam limitar.
Em Londres o ponto de encontro foi a praça Bedford, tendo depois havido desfile até à praça Russell. Aí se gritou “Palestina Livre e se afirmou que “o sionismo é racismo”.
Em Paris, a partir da Place de la République, acusou-se Macron de cumplicidade face ao genocídio e exigiu-se cessar-fogo imediato.
Em Espanha, houve igualmente manifestações em várias cidades, convocadas pela Red Solidaria Contra la Ocupación de Palestina. Aí se exigiu ao Governo de Pedro Sánchez que acabe com o comércio de armas e de tecnologia utilizada para fins militares com Israel.
Na África do Sul houve manifestações na Cidade do Cabo, em Durban e em Joanesburgo. Na capital, milhares marcharam até ao parlamento com lenços palestinianos e em Joanesburgo o destino foi a embaixada dos EUA. O país, recorde-se, apresentou um caso no Tribunal Internacional de Justiça acusando Israel de violação da Convenção sobre o Genocídio.
Na Oceânia, houve protestos na Nova Zelândia, com dezenas de ações por todo o país convocadas pela Rede de Solidariedade com a Palestina e na Austrália, apesar de neste país da grande marcha em Sidney ser apenas no domingo. O primeiro-ministro do país, Anthony Albanese, dedicou-se a fazer campanha ativa contra as manifestações que classificou como uma “provocação incrível” mas um tribunal acabou por permitir que os eventos acontecessem.
Em lugares como Bangkok e Manila também houve marchas. Nesta última houve confrontos com os manifestantes a dirigirem-se à embaixada dos EUA e a polícia a impedir.
Em Tóquio houve uma vigília com velas em frente ao templo Zojoji. E em Istambul também houve manifestação. Assim como em Santiago, Chile, e noutros pontos do continente americano.
Ações também em Portugal
Em Portugal, haverá jornadas de solidariedade com a Palestina este domingo à tarde, no Porto, e no próximo sábado em Lisboa.
No Porto, começará pelas 15.30 entre a Praça dos Poveiros e a Praça General Humberto Delgado.
Em Lisboa, será no próximo dia 12 às 15 horas e fará o trajeto entre o Martim Moniz e a Praça do Município.
