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FMI pressiona para sanções a Portugal e Espanha
O FMI publicou nesta sexta-feira, 8 de julho de 2016, um relatório sobre a zona euro, no qual vem apoiar as posições de Wolfgang Schäuble e do governo alemão.
Na notícia publicada no site da instituição, com o título “Euro Area At The Crossroads: No Time For Complacency” (“Zona Euro na encruzilhada: Não é tempo de complacência”), é citada a declaração de Mahmood Pradhan, chefe da missão para a área do euro, que reconhece que “a área do euro está num momento crítico”, que há uma “crescente onda de euroceticismo”, que a situação económica é crítica: baixa inflação, fraco investimento, elevada taxa de desemprego e envelhecimento da população. No entanto, as políticas que propõe são as mesmas políticas de austeridade, mas “mais e com mais força”.
Assim, o FMI defende uma aplicação ainda mais fundamentalista das regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) e procedimentos contra os países que não as cumprem, não só a Portugal e Espanha, mas também à França, à Itália e a outros países.
“Para garantir disciplina orçamental, a Comissão Europeia vai precisar de reforçar os procedimentos contra os países que violam as regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC)”, diz o FMI.
A instituição diz que “para restaurar a credibilidade e construir apoio para mais integração europeia, o enquadramento orçamental precisa de ser melhorado”, defende “mão forte” de Bruxelas ou regras automáticas, “regras mais simples, com mais automatismos, e com um conselho orçamental independente”.
O FMI critica o procedimento seguido pela CE em relação a França, que tem mais um ano para sair do Procedimento por Défices Excessivos (PDE), e Itália, que“apesar de ter um nível de dívida pública superior ao valor de referência previsto no PEC, considerou-se que cumpria os critérios e permanece fora do procedimento”.
“A Comissão Europeia falhou ao não recomendar a abertura de um procedimento contra cada um dos seis países com desequilíbrios, como França, Itália e Portugal, que já tinha sido declarado em desequilíbrio excessivo em 2014″, declara o FMI.
Na próxima terça-feira, 12 de julho, reúne o conselho de ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) que se pronunciará sobre as sanções a Portugal e Espanha.
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Sanções a Portugal
Indignem-se
e espalhem esta ideia como se fosse um vírus, que atinja a falta de vergonha os líderes europeus, países não cumpridores (Alemanha), sentem-se no direito de isentar outros que não cumpriram (França), para punirem países, praticamente cumpriram (Portugal). Mas que moral é esta? Mudemos esta a Europa auto destrutiva por dentro, para uma Europa da equidade, para uma Europa da Democracia e de respeito dos cidadãos Europeus. E não a uma Europa discriminatória, promiscua, míope, que provoca crises nos países mais frágeis, para satisfazer a gula do poder económico, com banquetes que devoram as nossas empresas e as nossas vidas. Não somos cidadãos de segunda, somos EUROPEUS que exigimos respeito. Cantemos o Hino Nacional bem alto no dia 12 de Julho das 15h00, em plena rua, porque ele contem a voz de indignação dos nossos antepassados que não aceitaram a intromissão estrangeira (Mapa-Cor-De-Rosa).
Henrique Anselmo
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