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Fim das quotas para refugiados é um “péssimo passo”

Catarina Martins quer ver os governos da UE a condenarem a Hungria e critica o governo português por não estar a preparar centros de acolhimento dos refugiados da guerra na Síria.
Foto Paulete Matos.

"Os países andarem a empurrar uns para os outros é um desrespeito completo pelos mais básicos direitos humanos, pela legislação internacional e pela Convenção de Genebra”, afirmou a porta-voz do Bloco numa manhã de campanha passada em contactos com a população das Caldas da Rainha.

No dia em que os ministros do Interior da União Europeia estão reunidos, Catarina Martins espera que esses governantes “condenem veementemente o que se está a passar na Hungria”, após o governo ter dado autorização ao exército para disparar sobre os refugiados. O silêncio da Europa sobre esta medida “lembra os piores tempos da União Europeia”, afirmou.

A urgência da criação de “um sistema de distribuição rápida dos refugiados, com corredores humanitários que protejam as pessoas" foi sublinhada pela porta-voz bloquista, que criticou ainda o governo do PSD/CDS por estar ainda "a receber os 15 refugiados da quota de 2013" e não ter sequer começado a receber os 45 da quota de 2014. O Governo "andou a regatear entre 2.400 refugiados e 1.500 refugiados e agora diz que vai receber mais, mas ainda nem sequer preparou centros" para os acolher, lembrou Catarina Martins.

“Governo de esquerda? Quem está a falhar a uma resposta não é o Bloco de Esquerda”

No contacto com a população no Mercado da Fruta das Caldas da Rainha, Catarina Martins foi abordada por várias pessoas sobre a necessidade de “um governo de esquerda que dê a volta a isso” e a possibilidade de um entendimento pós eleitoral com o PS. "Tem de fazer essa pergunta é ao António Costa. Quem está a falhar a uma resposta não é o Bloco de Esquerda”, respondeu a porta-voz do Bloco, recordando o desafio deixado ao líder do PS no frente a frente televisivo, que ficou sem resposta.

"Tive oportunidade de dizer, olhos nos olhos, a António Costa que o Bloco não faltará a um governo que não congele ou queira reduzir as pensões em 1660 milhões de euros em quatro anos, que não flexibilize os despedimentos e que não descapitalize a Segurança Social com a quebra da taxa social única". E  “se for possível uma conversa nesses termos, o Bloco de Esquerda cá está  para poder salvar o país, para que haja um governo que restruture a dívida, crie emprego e proteja quem cá vive”, acrescentou Catarina Martins.

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