Fernando Rosas: “Prioridade do PS é chegar a acordo com os partidos de direita”

16 de julho 2013 - 21:46

A pedido do Bloco de Esquerda, o PS recebeu uma delegação do Bloco, nesta terça-feira. Fernando Rosas declarou ao esquerda.net que, lamentavelmente, “o PS evidenciou que a sua prioridade neste momento é chegar a acordo com os partidos de direita, encontrar pontos de suavização da austeridade e não fazer qualquer espécie de acordo à esquerda”.

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Fernando Rosas declarou ao esquerda.net que, lamentavelmente, “o PS evidenciou que a sua prioridade neste momento é chegar a acordo com os partidos de direita, encontrar pontos de suavização da austeridade e não fazer qualquer espécie de acordo à esquerda”.

A pedido do Bloco de Esquerda, o PS recebeu uma delegação do Bloco, na sequência da proposta apresentada por João Semedo de abertura de um processo de discussão e aprovação das bases programáticas de um governo de esquerda.

Ao esquerda.net, Fernando Rosas fez a seguinte declaração sobre a reunião com o Partido Socialista:

“O Bloco de Esquerda fez aquilo que devia fazer e que decorre das deliberações da Convenção Nacional do Bloco: Face ao colapso do governo de direita e das políticas de austeridade, o Bloco abriu um processo de negociação e busca de alternativa com PS, PC e personalidades que nele queiram participar.

A pedido do Bloco de Esquerda, o PS recebeu uma delegação do Bloco.

Na reunião propusemos que se iniciasse de imediato, e nos prazos indicados pelo Presidente da República, um diálogo para o estabelecimento de um acordo fundamental em torno da renegociação da dívida e da defesa do Estado Social.

O PS, no entanto, evidenciou que a sua prioridade neste momento é chegar a acordo com os partidos de direita, encontrar pontos de suavização da austeridade e não fazer qualquer espécie de acordo à esquerda. Não deu por isso continuidade às propostas apresentadas.

Lamentamos que assim seja.

Num momento em que se trata de saber se a esquerda busca uma plataforma de entendimento para derrubar o governo da direita e a política de austeridade ou se se procura dar uma mão ao governo em busca duma austeridade benevolente, o PS parece claramente decidido pelo segundo caminho”.