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Fechar Almaraz: manif ibérica em Madrid a 10 de junho

A manifestação ibérica é o próximo passo da luta do movimento antinuclear contra o prolongamento da vida das centrais nucleares espanholas. Estão abertas inscrições para a ida em autocarros desde vários pontos do país.

Dezenas de associações ambientalistas convocam uma manifestação em Madrid no dia 10 de junho, às 18h em Atocha, contra a renovação das autorizações de funcionamento de várias centrais nucleares, incluindo a de Almaraz, a 100 quilómetros da fronteira portuguesa.

O Bloco de Esquerda também apoia esta mobilização e a ida à manifestação está a ser organizada pelo Movimento Ibérico Antinuclear, em autocarros com partidas de vários distritos (inscrições aqui). O regresso será no dia seguinte e estão asseguradas dormidas num pavilhão desportivo. 

O prazo para a Endesa, Iberdrola e Union Fenosa apresentarem o pedido de prolongamento do funcionamento da central de Almaraz para além de 2020 termina no início de junho, pelo que o protesto tem por objetivo pressionar o governo espanhol a recusar esse pedido.

Apesar do parlamento português ter adotado uma posição unânime a favor do encerramento da central nuclear de Almaraz até ao fim do seu prazo de vida, o governo espanhol opõe-se a que o tema seja sequer discutido nas cimeiras ibéricas e recentemente bloqueou a inclusão de uma referência à central nuclear na resolução aprovada pelo Fórum Parlamentar Luso-Espanhol.

Congresso ibérico do Yoga pede fecho de Almaraz

Numa moção votada em abril, a Confederação Ibérica do Yoga apelam ao “encerramento imediato da Central Atómica de Almaraz”, bem como impedir “a construção de um armazém de resíduos nucleares”.

Já em 2010, esta Confederação tinha alertado para a necessidade de encerrar Almaraz, atendendo ao facto de que era para esse ano que “estava previso o seu encerramento, pois o tempo de duração de uma Central Nuclear é no máximo de 30 anos.”

“O encerramento prorrogado por mais 10 anos, até 2020 – ou seja, quando a Central fizer 40 anos”, é “muito perigoso”, dizem. Mas a “construção de um armazém de resíduos nucleares, sem avaliação do impacto, e sem consulta e autorização prévia de Portugal” redobrou as preocupações desta organização.

“São conhecidas largas dezenas de acidentes com a Central de Almaraz durante a sua vida, transformando-a numa autêntica bomba relógio nuclear, perigosa para a população de Espanha e de Portugal”, concluem.

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