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Faltam barcos ao transporte fluvial Lisboa-Barreiro

A Soflusa anunciou que não consegue garantir todas as carreiras esta semana, por "indisponibilidade da frota". Federação sindical diz que é o resultado de anos de planos de privatização, que o governo “herdou, mas que pouco tem feito para resolver”.
Catamarã da Soflusa do transporte fluvial Lisboa - Barreiro - Foto wikimedia
Catamarã da Soflusa do transporte fluvial Lisboa - Barreiro - Foto wikimedia

Segundo a agência Lusa, a Soflusa, empresa responsável pelo transporte fluvial entre Lisboa e Barreiro, anunciou na passada sexta-feira, 6 de outubro, que não irá assegurar todas as carreiras (entre segunda-feira, 9 de outubro, e sexta-feira, 13 de outubro), por "indisponibilidade da frota".

Neste domingo, 8 de outubro, a Federação de Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) denunciou que a Soflusa vai operar com apenas quatro navios, quando devia operar com seis nos próximos quatro dias, pelo menos, salientando que “os problemas para os utentes nos próximos dias vão ser ainda maiores e mais trabalhadores vão ficar parados, porque a maioria da frota está imobilizada”.

“É o resultado de um plano que ao longo de muitos anos esteve em desenvolvimento pelos anteriores governos e administrações, que trabalharam para a privatização deste setor, situação que o atual governo herdou, mas que pouco tem feito para resolver”, aponta e critica a federação sindical.

A Fectrans diz ainda que “falar num investimento para o futuro, sem cuidar do presente é sinónimo de manter uma situação de degradação como acontece hoje nas empresas de tráfego fluvial no Tejo, que se depararam com uma imobilização de cerca de metade da frota”.

A federação sindical exige “soluções e não apenas promessas” e lembra que os trabalhadores da Soflusa já anunciaram que irão avançar com uma greve ao trabalho extraordinário.

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