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"A fábrica de nada" vence prémio CineVision do Festival de Cinema de Munique
Pedro Pinho e a equipa de realização do filme “A fábrica de nada” - Luísa Homem, Leonor Noivo e Tiago Hespanha - venceram este sábado o prémio Cine Vision do Festival de Cinema de Munique.
“O júri considerou o filme ‘um drama comovente, um musical peculiar, um documentário preciso, um ensaio desafiador – compre quatro por um com este excelente filme em tempos de turbo capitalismo”, refere a agência Lusa através do comunicado da organização.
Com três horas de duração e a participação de atores e não atores, “A fábrica de nada” apresenta a vida de operários que tentam segurar os postos de trabalho recorrendo a formas de autogestão de forma a evitar o encerramento da fábrica.
A ideia foi sugerida por Jorge Silva a partir da peça de teatro “A fábrica de nada”, de Judith Herzberg. “Em termos de conteúdo e estética”, considera o Festival, “o filme usa as suas três horas sabiamente e de uma maneira altamente complexa”.
“A história é dita, interpretada e filmada com empatia, mas sem nunca aludir a piedade barata, prefere fazer o espetador pensar por si mesmo, já que não dá respostas fáceis. ‘A fábrica de nada’ é uma expressão energizante e muito divertida de ‘agitprop’ para o século XXI”, defende o júri segundo a agência Lusa.
“A fábrica de nada” venceu as 12 primeiras e segundas obras que competiam, ganhando assim 12 mil euros de prémio.
Além di CineVision, “A fábrica de nada” tinha já vencido em maio o Prémio FIPRESCI, da Federação Internacional de Críticos de Cinema, no Festival de Cinema de Cannes, onde foi também considerado o melhor de todas as secções.
"A fábrica de nada" ainda não tem data de estreia em Portugal.
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