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Exército israelita matou 76 crianças palestinianas em 2021

A ONG Defense for Children International publicou um relatório que mostra que este é o número mais elevado em sete anos. Em 2014, tinham sido assassinadas 551 crianças numa ofensiva militar. Desde 2000, morreram 2.198 crianças como resultado da presença militar israelita na Palestina.
Cartaz num protesto contra a ocupação israelita da Palestina. Foto de John Englart/Flickr.
Cartaz num protesto contra a ocupação israelita da Palestina. Foto de John Englart/Flickr.

A Defense for Children International, uma organização não governamental fundada em 1979 e presente em 38 países, publicou um relatório no qual revela que um total de 86 crianças palestinianas morreram por causa da ocupação israelita da Palestina.

De acordo com os números da DCI Palestina, as forças militares de Israel mataram 76 destas crianças e duas foram mortas por civis israelitas na Cisjordânia. A este número juntam-se sete crianças que faleceram na sequência de rebentamentos de rockets palestinianos mal dirigidos e uma que morreu numa explosão cuja origem não foi confirmada.

A Faixa de Gaza foi a zona mais fustigada. O exército israelita matou aí 61 crianças. Quase todas durante o assalto militar de maio de 2021 que durou 11 dias. Disparos de tanques, de bala e mísseis lançados por drones ou pelos helicópteros Apache de origem norte-americana foram as causas.

Na Cisjordânia foram 15, mortos por disparos de balas reais. Nove no contexto de manifestações ou confrontos em que “não apresentavam uma ameaça direta à vida ou a de risco de ferimento grave” na altura em que sofreram os disparos segundo as investigações da DCI. A organização lembra que, de acordo com a lei internacional “o uso intencional de força letal apenas é justificado quando exista uma ameaça direta à vida ou de ferimento grave”. Em violação deste princípio, as forças militares israelitas usam força letal contra crianças “em circunstâncias que poderão ser caracterizadas como mortes extrajudiciais ou voluntárias”.

Segundo os registos apresentados, em 2018 tinha também existido um pico de mortes. Nesse ano, 57 crianças palestinianas tinham sido mortas por colonos ou forças militares israelitas. A maior parte durante a onda de protestos a que se chamou a Marcha de Retorno. Mas 2014 foi o pior ano recentemente. Nessa altura morreram 1.462 civis, 551 dos quais crianças, na sequência de uma operação militar designada “Margem Protetora”. No total, desde 2000, morreram 2.198 crianças como resultado da presença militar israelita na Palestina.

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