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Eurodeputadas recebem Merkel com protesto
Angela Merkel esteve esta quarta-feira no Parlamento Europeu para participar na chamada Conferência de Presidentes – órgão composto pelo Presidente do Parlamento Europeu e pelos Presidentes de todos os grupos políticos, e hoje aberta à presença de todos os deputados europeus.
À sua espera esteve Marisa Matias e Alda Sousa, que promoveram uma ação de protesto junto dos seus colegas do Parlamento Europeu juntando vários deputados, entre eles portugueses, gregos, espanhóis, mas também alemães, e funcionários do PE, que receberam a chanceler alemã com cartazes onde se podia ler a frase: "Austerity Kills"
Em apelo e solidariedade com as manifestações já previstas para o próximo dia 12 de Novembro em Lisboa, as deputadas do Bloco de Esquerda vestiram-se de negro.
À passagem da chanceler alemã, os membros do GUE/NGL, silenciosos, ergueram os cartazes.
“Sabendo que a senhora Merkel também anda a fazer visitas de solidariedade, como ela chama – eu chamar-lhe-ia outra coisa –, à Grécia, a Portugal e, pelo meio, passou aqui pelo Parlamento, também quisemos recebê-la”, afirmou à Lusa Marisa Matias.
A eurodeputada disse que a ação de hoje teve como objetivo demonstrar o “descontentamento” que existe e, simultaneamente, dizer que “há alternativas” às medidas de austeridade.
“Pretendemos demonstrar, entre outras coisas, que esta casa [Parlamento Europeu] não fala a uma só voz. Há aqui grupo políticos, como é o caso do nosso, que têm procurado lutar contra estas medidas de austeridade e esta lógica de que não existe alternativa e temos apresentado alternativa”, acrescentou Marisa Matias.
A eurodeputada Alda Sousa afirmou, por seu turno, que é “importante que haja uma outra Europa que se levante e que diga que não é possível a política de impor aos países e aos governos medidas que só vão trazer recessão e pobreza, enquanto os empréstimos estão a servir para encher o bolso dos credores”.
Comentários
Parece-me bem a iniciativa.
Parece-me bem a iniciativa. Mas quero dar uma sugestão aos partidos em Portugal, ditos de esquerda e com assento no parlamento, o seguinte:
- Vistam-se também de negro e saiam para a frente da Assembleia da República, junto às escadarias até que o governo se demita. Nem precisam de slogans nem de apregoar seja o que for porque a atitude vale pelas palavras.
Abandonem as cadeiras onde se sentam, porque o governo tem a maioria e governa como quer. Assim sendo os restantes que fazem oposição faziam melhor estarem ao lado daqueles que quase todos os dias se manifestam em frente à assembleia. E ao deixarem os lugares vazios demonstravam inequivocamente o quanto estão isolados o PSD, CDS/PP, PS, e estarem todos os eleitos da oposição junto daqueles eleitores que hoje sofrem com a Matança Lenta desenvolvida por determinadas correntes.
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