“Por ser terrível para o país”, o OE2015 “é terrível para Coimbra”, mas “há nele escolhas que incidem de forma especialmente gravosa sobre Coimbra”, defende a Coordenadora Distrital do Bloco em comunicado.
Segundo os bloquistas, uma dessas escolhas prende-se com “a enorme redução nas transferências do FEF para o município de Coimbra, agravada pela limitação, sem qualquer critério objetivo, imposta às despesas com pessoal”.
Além destas “razões, de extrema preocupação e de indignação para as gentes de Coimbra”, a Coordenadora Distrital de Coimbra sublinha ainda que também os cortes no financiamento do ensino são “de especial sensibilidade” para o distrito.
As reduções de “704 milhões de euros no ensino básico e de 180 milhões de euros no ensino superior vão ter um evidente e profundamente negativo impacto sobre as vidas de boa parte das pessoas” do concelho e da região, “direta e indiretamente relacionados com o setor educativo”, lê-se no documento.
No OE2015, “nada há de inevitável”, defende o Bloco, salientando que “há opções deliberadas e conscientes do Governo, com o aval da Comissão Europeia, que se arroga o direito de fiscalizar e de aprovar ou recusar os orçamentos nacionais”.
Este orçamento “humilha os portugueses e humilha o país”, referem ainda os bloquistas, alertando que mesmo que o Governo procure disfarçar as suas escolhas com “uma retórica de retoma da economia, não há engano possível: trata-se de um orçamento que se limita a prolongar e a agravar a austeridade e que lhe junta mais impostos”.