A construtora Opway, que foi criada em Janeiro de 2008 a partir da fusão da empresa OPCA – Obras Públicas e Cimento Armado, S.A., cujo controlo accionista pertencia ao Grupo Espírito Santo, com a SOPOL – Sociedade Geral de Construções e Obras Públicas, S.A, que fazia parte do consórcio liderado pela Mota-Engil, irá despedir 65 colaboradores.
Segundo Filipe Soares Franco, presidente da Opway, e que foi constituído arguido por indícios de crime de fraude fiscal no âmbito da Operação Furacão, "esta medida é para que não se ponha em risco o funcionamento da empresa a curto e médio prazo".
Fonte oficial da empresa adiantou ao Negócios que “a OPWAY vê-se obrigada a efectuar um processo de reestruturação, causado pela difícil situação do mercado. A restrição do investimento público e privado em infra-estruturas, os constrangimentos na obtenção de financiamento e prazos de recebimento são algumas razões que explicam este agravamento da situação financeira das empresas que actuam no sector da construção em Portugal”.
O processo de reestruturação irá implicar “medidas para redimensionar e adaptar a empresa às necessidades reais do mercado e compreende uma redução previsível de cerca de 65 postos de trabalho, abrangendo várias das direcções da empresa, nomeadamente a comercial (estudos e propostas), contabilidade (serviço de apoio administrativo às obras), gestão de garantias, técnica e inovação, recursos humanos, aprovisionamentos, geotecnia, equipamentos e produção”.