Segundo o jornal Público, o secretário de Estado João Casanova de Almeida, do CDS, diz que os cortes anunciados se destinam a "ajustar" o orçamento às "possibilidades reais" do país. No início de Setembro, o Ministério da Educação e Ciência indicava que os cortes seriam de 508,7 milhões de euros, dos quais 114,3 milhões afectariam negativamente o Orçamento para o Ensino Superior. Mas na passada terça-feira, o ministro Nuno Crato acrescentou mais 100 milhões a este número, durante um encontro com a imprensa estrangeira.
No feriado do 5 de Outubro, dezenas de professores contratados voltaram a manifestar-se junto ao Ministério contra a situação de precariedade que vivem há muitos anos. "Temos os mesmos deveres que qualquer professor, por isso queremos também ter direitos, a uma carreira e a progressão salarial e exigimos a entrada imediata para os quadros, em cumprimento da legislação laboral", afirmou Sofia Barcelos, da Comissão de Contratados do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa.
A juntar aos cortes previstos para 2012, o SPGL aproveitou este protesto no Dia Mundial do Professor para lembrar que em 2011 o sector da Educação já sofreu um corte de 803 milhões.
Educação: Governo corta o triplo do que a troika mandou
06 de outubro 2011 - 14:43
O programa da troika previa cortes de 195 milhões, mas Passos Coelho e Nuno Crato não param de tirar dinheiro à escola pública e já diminuíram 600 milhões no orçamento para 2012. Esta quarta-feira, os professores contratados voltaram a concentrar-se junto ao Ministério.
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Numa conversa com jornalistas estrangeiros, Nuno Crato acrescentou cortes de 100 milhões aos 500 milhões já anunciados pelo Governo em Setembro. Foto Paulete Matos.