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EDP: Catroga faltou a metade das reuniões no Conselho Geral

A questão foi levantada esta sexta-feira no debate quinzenal com o primeiro-ministro. Francisco Louçã confrontou Passos Coelho com o pobre registo de presenças de Catroga enquanto vogal daquele organismo da EDP.
"Deve lembrar-se de um conselheiro seu que recomendava, e está no programa de Governo, que se baixasse os salários a todos os portugueses, é claro que ele não estava a pensar em si próprio e não estava a antecipar que viesse a ganhar 700 mil euros por um ´part-time' de sete reuniões por ano", disse Francisco Louçã. Na resposta, Passos Coelho refugiou-se no argumento de que o Governo não nomeia ninguém para empresas privadas e convidou Louçã a fazer a pergunta aos acionistas da EDP.
No primeiro semestre do ano passado, os últimos dados revelados pela EDP confirmam que o ex-conselheiro de Passos Coelho - que foi também o primeiro patrão do agora primeiro-ministro, na empresa Quimibro - compareceu a apenas uma das três reuniões do Conselho Geral. "Imagine que se lhe aplicava qualquer regra do trabalho. O que é que lhe aconteceria se fosse um trabalhador? Inadaptação? Despedimento? Ser-lhe-ia pago o ordenado?", questionou o deputado bloquista.
"Segundo o seu acordo de concertação, todas as formas de despedimento são possíveis. Mas a regra que se aplica a um trabalhador já não se aplica a quem tem o beneplácito do seu partido. Isto já não é jobs for the boys, é joys for the boys", rematou Louçã.
O registo de presenças nas reuniões do Conselho Geral da EDP está disponível no site da empresa. E confirma que Catroga é dos conselheiros com mais faltas no último mandato, após ter sido nomeado pelo ministro do PS Manuel Pinho.
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