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Ecologistas portugueses juntam-se ao bloqueio de mina a céu aberto na Alemanha
Milhares de ecologistas de todos os pontos da Europa convergem por estes dias para a cintura mineira da Renânia. Vão participar no Ende Gelände, uma iniciativa anual que tem conseguido bloquear o funcionamento das minas da empresa RWE. Durante dias tentam travar “uma operação industrial de larga escala”, o que sabem ter um impacto direto de “milhões de toneladas de dióxido de carbono” a menos na atmosfera.
Pretendem assim alertar para a “necessidade do corte radical de emissões de gases com efeito de estufa” que, dizem, “implica o encerramento na próxima década da maioria dos sectores da economia fóssil”, ou seja a produção e consumo de carvão, gás e petróleo.
Os representantes portugueses no protesto fazem parte do Climáximo que se define como um “colectivo internacionalista pela justiça climática em Portugal”. Asseguram “o seu compromisso com a acção directa não-violenta e a desobediência civil”. À TSF, João Camargo, da Climáximo, justifica a necessidade deste tipo de ações “para desencadear respostas políticas” quer seriam aquelas que podem ter consequências atempadas num planeta “à beira da inabitabilidade”. E avisa aqueles que resistem à transição energética que “a atmosfera não tem flexibilidade para negociar connosco”.
The first finger have left. This is just the beginning!#EndeGelaende pic.twitter.com/2LSZTdBhab
— Ende Gelände (@Ende__Gelaende) 21 de junho de 2019
Segundo a organização, encontram-se já em Viersen quatro mil ativistas. Metade delas partiu para a ação de bloqueio. São a primeira vaga do protesto. Seguir-se-ão mais duas vagas. Sendo esperadas ao todo entre seis a dez mil pessoas. Dizem que não querem “esperar até 2038 para descartar o carvão” porque “se continuarmos a queimar carvão é impossível ficar dentro do limite de 1,5º”, diz uma das porta-vozes do Ende Gelände, Nike Malhaus. Dizem ainda que “o governo está a falhar em proteger o clima” e é por isso que tomam o assunto “nas suas próprias mãos”.
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