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“É prioritário fazer frente ao ataque de Bruxelas às pescas dos Açores”

Catarina Martins esteve este sábado com a população de Rabo de Peixe e defendeu que os pescadores devem ser compensados pelo corte anunciado pela Comissão Europeia nas quotas da pesca do goraz.
Foto Paulete Matos

“Estamos aqui numa freguesia que vive da pesca e é importante falarmos de coisas concretas: a Comissão Europeia acaba de propor a redução da quota do goraz em dez toneladas, que é um ataque tremendo a quem vive da pesca nos Açores. Estamos aqui hoje para dizer solidariamente que não aceitamos que a redução da pesca seja feita sempre sobre os mesmos pescadores sem que haja fiscalização sobre quem muitas vezes vem aqui tirar o peixe e assim prejudicar a vida de quem aqui vive”, afirmou Catarina Martins aos jornalistas durante uma arruada em Rabo de Peixe, na ilha de São Miguel.

“Ninguém como quem vive da pesca sabe melhor como a sustentabilidade das espécies é um problema. E ninguém como os pescadores está mais interessado em regras que permitam que continue a haver peixe no mar Mas essas regras devem ser justas ara todos e não cortar mais nos pescadores dos Açores do que naqueles que vêm pescar para aqui nas suas águas à volta. Por isso mesmo têm de ser compensados, pois quando aceitam parar a sua atividade económica estão a fazê-lo em nome do futuro ambiental, em nome do que é de todos”, prosseguiu a coordenadora bloquista.

“Fazer frente ao que Bruxelas quer fazer agora, que é um verdadeiro ataque às pescas dos Açores, é prioritário para o Bloco de Esquerda”, concluiu Catarina Martins, numa arruada em que esteve acompanhada por Zuraida Soares, Lúcia Arruda e outros candidatos do Bloco de Esquerda pelo círculo de São Miguel.

“Não nos passa pela cabeça que a sobretaxa do IRS não acabe”

Questionada pelos jornalistas sobre as negociações com o PS para o Orçamento de Estado para 2017, Catarina Martins afirmou que um dos objetivos é repetir o que foi conseguido este ano. “No deve e o haver do Orçamento de 2016, os impostos desceram para quem vive do seu trabalho. O que é necessário é que no Orçamento de 2017 aconteça o mesmo, que quem vive do seu trabalho tenha menos impostos e quem tem menos rendimentos seja mais protegido”, declarou.

“É natural que em vésperas de Orçamento e Estado haja muita especulação”, prosseguiu Catarina, afirmando que prefere aguardar “que o governo faça a sua proposta sobre o Orçamento do Estado” em vez de comentar as especulações que diariamente fazem capas de jornal. “O nosso compromisso é com a devolução de rendimentos de quem vive do seu trabalho”, resumiu.

Sobre a questão do aumento das pensões, a coordenadora do Bloco confirmou a prioridade de “atualizar todas as pensões e que as pensões até 845 euros tenham um aumento de 10 euros”. E a hipótese de adiar o fim da sobretaxa do IRS como moeda de troca para esse aumento é algo que “não nos passa pela cabeça”. “A sobretaxa acabou já para 90% dos contribuintes, mas há quem viva do seu trabalho e continue a pagar esta sobretaxa, que é injusta e tem de acabar”, reafirmou Catarina Martins.
 

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