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É preciso “que seja feita justiça” a vigilantes do hospital Amadora-Sintra

Marisa Matias e José Soeiro estiveram este domingo no protesto destes profissionais, cujos direitos não estão a ser reconhecidos pela empresa Noite e Dia. A candidata presidencial afirmou que a situação se torna ainda “mais grave num contexto em que estamos a viver uma pandemia”.
Foto Esquerda.net.

“Sabemos bem que a profissão é pouco reconhecida, mal paga, com problemas associados, por exemplo, às horas extra. Não é de agora, já vem de há muito tempo. Sabemos também que são milhares de pessoas, a maioria contratada pelo Estado, e que há vários casos de incumprimento da lei” no que respeita à transmissão de estabelecimento, assinalou Marisa Matias.

De acordo com a candidata presidencial, “já seria grave de mais tudo o que se está aqui a passar. Torna-se ainda mais grave num contexto em que estamos a viver uma pandemia, uma das piores crises de que temos memória”.

Marisa Matias lembrou que vários trabalhadores estão “num limbo, sem subsídio de desemprego, porque não foram despedidos e nem contratados e não têm como provar nada”. Mas não são só os profissionais que são prejudicados. Também o hospital Amadora-Sintra, “um dos hospitais mais pressionados no contexto da covid-19”, fica prejudicado, na medida em que não usufrui da experiência de vigilantes que já foram formados e que já tinham condições de dar outro tipo de encaminhamento.

A candidata clarificou que o que se pede é que se proceda da mesma forma como se procedeu nos serviços afetos ao ministério do Trabalho. Perante a recusa por parte da empresa Comansegur em cumprir a lei, a ministra do Trabalho rasgou os contratos.

O que é certo é que “não podemos continuar nestes casos, um após o outro, em que trabalhadores com 20, 30 anos de experiência estão numa situação de desemprego ou de desproteção total, ou de voltar atrás e recuar sistematicamente nos seus direitos. Isto não pode acontecer”, frisou Marisa Matias.

É preciso “que seja feita justiça”, rematou a candidata.

José Soeiro também assinalou a existência de um precedente, com a tomada de posição da ministra do Trabalho, e assinalou que o facto de, no caso destes trabalhadores, o processo estar mais avançado não desresponsabiliza o ministério da Saúde.

O deputado alertou ainda que há pessoas que estão há seis meses sem conseguirem aceder ao subsídio de desemprego.

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