Documentos confidenciais do acordo EUA/UE apontam para privatização de serviços públicos

15 de junho 2014 - 19:26

Filtra.la divulgou documentos do Acordo de comércio entre os Estados Unidos e a União Europeia que afetarão os serviços públicos de países europeus e não europeus. Os documentos comprovam os objetivos de prosseguir na privatização de serviço públicos e a redução da regulamentação de setores chave, como o financeiro e o energético.

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Filtra.la divulgou, na sexta-feira 13 de junho, documentos do Acordo de comércio entre os Estados Unidos e a União Europeia que afetarão os serviços públicos de países europeus e não europeus

Filtrala.org é uma plataforma de denúncia cidadã, que combate a corrupção e os crimes públicos. Nesta plataforma colaboram também eldiario.es, lamarea.com e revistamongolia.com.

Na sexta-feira, 13 de junho, o diagonalperiodico.net deu a conhecer documentos secretos do acordo de comércio EUA e UE, divulgados por Filtra.la.

Os documentos estão a ser discutidos secretamente nas negociações do Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP, na sigla em inglês mais usada) entre os EUA e a UE e a campanha No al TTIP do Estado espanhol considera que os texto divulgados são semelhantes aos que estão a ser discutidos nas negociações do acordo de comércio UE/Canadá.

Segundo o Diagonal, os documentos revelam o estado atual das negociações, assim como os compromissos e as reservas de cada Estado em determinados pontos, que regulam aspetos tão distintos como o acesso à água potável ou as telecomunicações.

Os documentos divulgados foram enviados aos governos dos Estados membros da UE a 25 de maio e os Estados deverão ter enviado as suas respostas até 13 de junho. A próxima ronda de negociações entre EUA e UE terá lugar a partir de 14 de julho de 2014.

Tom Kuchartz de Ecologistas en Acción declarou ao Diagonal: “Os documentos divulgados em filtrala mostram indícios dos compromissos substanciais que a UE está disposta a assumir na liberalização do setor de serviços para oferecer um acesso ilimitado das multinacionais ao mercado europeu e espera a mesma resposta do governo dos EUA e dos seus Estados federais para as multinacionais da UE”.