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“Direita tem agenda escondida para impedir recapitalização pública da Caixa”

Catarina Martins recorda que Bloco sempre lutou pela transparência de “forma muito coerente e muito determinada” e sublinha que “Governo não geriu o processo da administração da Caixa da melhor forma”.
Isabel Pires, Ricardo Robles e Catarina Martins visitaram a Escola Básica do Lumiar esta terça-feira.

“O Bloco acha que este Governo não geriu o processo da administração da Caixa [Geral de Depósitos] da melhor forma e, aliás, já teve que substituir o Conselho de Administração”, afirmou Catarina Martins esta terça-feira de manhã, à margem de uma visita a uma escola em Lisboa acompanhada pela deputada Isabel Pires e pelo deputado municipal Ricardo Robles.

“A nossa convicção foi sempre que, tanto o ministério das Finanças, como a anterior administração da Caixa tinham a convicção que podiam escapar às leis sobre a transparência. O Bloco sempre disse que era uma visão errada, essa foi uma visão derrotada. Obrigou à substituição da administração da Caixa e as regras sobre a transparência estão a ser cumpridas no país, sublinhou a coordenadora do Bloco.

Catarina Martins recordou ainda que o Bloco sempre lutou pela transparência de “forma muito coerente e muito determinada” e garantiu que, ao contrário da direita, “o Bloco de Esquerda não tem nenhuma agenda escondida, queremos a transparência”.

“A direita, sim, tem uma agenda escondida, quer impedir o processo de recapitalização pública da Caixa porque sempre quis a privatização da Caixa. Tem inventado novos acontecimentos à medida que o tempo corre para tentar prejudicar a Caixa Geral de Depósitos”, criticou a também deputada.

“Não deixa de ser tragicamente irónico que o ministro que até tem dados do ponto de vista da economia simpáticos para apresentar se esteja a expor a explicações que não têm nenhum sentido quando isto já devia estar encerrado”, disse Catarina Martins.

A coordenadora bloquista esclareceu ainda que “não se pronuncia sobre as condições” dos ministros para exercerem ou não as suas funções, focando-se antes em debater políticas com o Governo.

Contudo, para Catarina Martins, há que realçar que “foi derrotada qualquer visão” de fuga à “transparência” pelos gestores do banco público.

Não podemos ter alunos com frio nas escolas”

 

Sobre a Escola Básica do Lumiar, Catarina Martins recordou que já em setembro o Bloco tinha visitado a escola, a convite da Associação de Pais, e que a escola, “com mais de 600 alunos”, continua a necessitar de obras urgentes.

A coordenadora bloquista chamou à atenção que o “plano de investimento ainda deixou muitas escolas de fora” e que “nenhuma escola pode continuar a ter alunos sem condições para aprender”.

Para Catarina, é urgente fazer um “levantamento” e “planeamento” das obras necessárias em todas as escolas do país. “Não podemos ter alunos com frio nas escolas”, concluiu.

Recuperar salários e pensões faz o crescimento da economia”

 

“Está provado que recuperar salários e pensões faz o crescimento da economia. Quem recebe o seu salário ou pensão não vai meter o seu dinheiro num offshore, vai gastá-lo na nossa economia. Isso gera crescimento e emprego”, explicou.

Segundo dados revelados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o PIB cresceu 1,4% em 2016, superando as projeções da Comissão Europeia (1,3%) e do próprio Governo (1,2%).

No entanto, avisou a coordenadora bloquista, o crescimento da economia portuguesa “ainda é tímido para o que o país precisa”, apesar de “mais otimista do que se estava à espera”.

Para suprir o baixo crescimento, a bloquista defendeu o aumento do investimento público, que é “determinante para que o crescimento do emprego se possa consolidar, para que possamos criar emprego e ter condições no nosso país para, por exemplo, estes jovens [alunos da escola no Lumiar] possam ter a escola que precisam.

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