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Dia Portugal quer fechar duas dezenas de lojas e avançar para despedimento coletivo

A empresa dona do Minipreço e da Clarel pretende despedir cerca de 200 trabalhadores. O CESP acusa a administração de “gestão danosa”.
Trabalhadores do Minipreço em greve. Foto da CGTP.

A Comissão Sindical do CESP, Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, tomou conhecimento de que a empresa Dia Portugal, dona dos supermercados Minipreço e das lojas Clarel, quer encerrar duas dezenas de lojas e avançar para um despedimento coletivo de cerca de duas centenas de trabalhadores.

Em comunicado, o sindicato considera que “a confirmarem-se as justificações apresentadas, estas são o resultado de uma gestão danosa da administração da empresa que, particularmente desde 2012, tem vindo a desenvolver políticas de desinvestimento na qualificação e valorização dos trabalhadores e das lojas, com a desvalorização acentuada dos salários e o brutal desinvestimento na requalificação e manutenção das lojas”.

Os trabalhadores criticam a “terceirização” que consideram “um modelo de negócio incompreensível e ruinoso” que “tem vindo a denegrir a situação financeira, assim como a imagem da empresa perante os clientes e a opinião pública”, “destruir postos de trabalho e desperdiçar valiosos recursos humanos”. Há “constantes aberturas e encerramentos, alterações de pessoal, produtos e tipos de gestão em curtos espaços de tempo, que deixam os clientes desconfiados da seriedade e da qualidade do serviço prestado”.

Ao mesmo tempo que há “trabalhadores de empresas de trabalho temporário a laborar na empresa” vão-se despedir trabalhadores efetivos.

O CESP denuncia que não lhe foi permitido participar na reunião da passada sexta-feira entre a empresa, a Direção Geral do Trabalho e as estruturas representativas dos trabalhadores da Dia Portugal e anuncia que não vai “negociar indemnizações ou cartas para subsídio de desemprego” mas “defender cada trabalhador e cada posto de trabalho”.

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