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Desemprego aumentou num terço dos concelhos portugueses

Se compararmos com 2019, há mais desempregados inscritos nos Centros de Empregos em 93 concelhos do país. Os setores da construção civil e do imobiliário são os que tiveram maior número de inscrições o ano passado e, por regiões, destaca-se a zona de Lisboa, o litoral de Leiria e o Algarve.
Os dados são do IEFP, compilados pelo Pordata e noticiados pelo Jornal de Notícias este domingo. Nos números absolutos, é Sintra quem se destaca com mais 2.596 inscritos relativamente ao último ano antes da pandemia de Covid-19. O “pódio” do desemprego é completado com Lisboa, que teve mais 1.630 inscritos e Loures, com 923.
Mas fazendo as contas à percentagem há outros concelhos que se destacam: em Odemira os inscritos aumentaram 71%), na Azambuja 42% e no Bombarral 41%.
Aquele órgão de comunicação social conclui que “ao nível regional, é na faixa litoral entre Lisboa e Leiria que o desemprego mais subiu” mas que “o Algarve também tem concelhos no vermelho, como Olhão, Silves ou Faro”.
Se tivermos em atenção as idades dos inscritos, percebemos que a faixa etária mais afetada pelo crescimento do desemprego é aquela entre 25 e os 34 anos. Nestas idades, o número de inscritos nos Centros de Emprego aumentou “em quase metade dos municípios de Portugal, ao passo que o número de inscritos com 55 ou mais anos é maior em 54% dos concelhos”.
O jornal falou Ricardo Ferraz, docente e investigador na área do trabalho, que vincou que os números do desemprego em Portugal aumentaram em 70 mil no ano passado, o que é “o maior aumento em toda a União Europeia” e que é esperado que “a taxa de desemprego deste ano vai ser superior à do ano passado, que se fixou nos 6%”. Em janeiro era já de 7,1%, contrastando com a média de 6,1% da União Europeia e com os 5,6% previstos no Orçamento do Estado.
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