Está aqui

Descongelamento do tempo de serviço dos professores: “o governo não quer cumprir a lei”

O Bloco reuniu esta quarta-feira com os sindicatos de professores. Catarina Martins considerou que o desrespeito do governo pela lei que determina a negociação é “particularmente grave”. E os sindicatos ameaçam que farão "seja o que for" no 3º período.

O Bloco diz que está “muito preocupado” pelo facto do governo não negociar com os sindicatos de professores as condições do descongelamento das carreiras. Catarina Martins considera esta situação “muito complicada” e “particularmente grave” porque não cumpre uma lei da Assembleia da República e porque cria “instabilidade nas escolas”.

A contrastar com a intransigência do governo, a coordenadora do Bloco registou a disponibilidade dos sindicatos para a negociação. Estes não exigem retroativos dos anos que foram congelados, nem que o descongelamento seja feito num só ano.

Catarina Martins lembrou ainda que o Bloco, no Parlamento, já utilizou “todos os intrumentos parlamentares sobre esta matéria”: “apresentámos proposta, chamámos ministro, chamámos secretária de Estado, ouvimos sindicatos”.

A indisponibilidade do governo da República também cria uma situação “absolutamente inexplicável e intolerável” que “não pode continuar”: nos Açores e na Madeira há descongelamento, no continente não.

Para o Bloco, chegar a acordo com os sindicatos é “proteger a escola”. Até porque esta situação “é intolerável não só para cada um dos professores e professores que está a trabalhar e que vê que neste momento há uma lei que diz respeito à sua carreira que não está a ser cumprida” mas também “do ponto de vista do longo prazo” é “extraordinariamente preocupante para o país porque está a afastar pessoas do ensino, da qualificação de que nós precisamos muito”.

Sindicatos lançam "aviso sério" sobre as formas de luta que adotarão no 3º período

Em declarações na mesma ocasião, Mário Nogueira disse, em nome da plataforma de organizações sindicais de professores, que só há “uma forma de evitar um final dramático de ano letivo que é o de o Governo negociar esta matéria”.

As formas concretas de luta ainda estão em consulta junto dos professores, esclareceu o sindicalista, mas não deixou de apresentar algumas das medidas em que estão a ser consideradas “não haver aulas no 12.º ano ao longo do terceiro período ou durante um largo período do 3.º período, não haver avaliações”. Com isso pretendeu lançar “um sério aviso ao Governo”.

Acrescentou ainda que os professores farão “seja o que for” porque consideram que “este governo não se pode ir embora e deixar a casa desarrumada tal como a tem neste momento”.

Termos relacionados Política
(...)