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Covid-19: ONU defende que farmacêuticas permitam produção da vacina na Índia e no Brasil

Numa intervenção durante o Fôrum Económico Mundial, realizado em formato virtual, o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, alertou para a necessidade das empresas farmacêuticas concederem licenças para a fabricação de vacinas em laboratórios no Brasil e na Índia, de acordo com um artigo do UOL Notícias.
Esta necessidade, segundo Guterres, serve para que se possa acelerar a distribuição da vacina contra a covid-19 nos países mais pobres. Atualmente, a produção da vacina está concentrada nos países mais ricos, mas existem laboratórios, nomeadamente na Índia e no Brasil, com grande capacidade de produção que não conseguem fabricar a vacina devido às patentes.
Janil Chade refere que as empresas farmacêuticas, fabricantes da vacina, detêm as patentes e não estão dispostas a abdicar deste direito. Assim sendo, laboratórios de todo o mundo ficam sem a possibilidade de fabricar versões genéricas da vacina.
O secretário-geral da ONU sublinhou que “precisamos de vacinas para todos” e acrescentou que “em um tempo recorde, a ciência produziu vacinas. Mas o desafio é fazer uma maior distribuição agora da vacina”. Guterres considera que esta é “a forma mais rápida para reabrir a economia mundial”.
Para Guterres é imprescindível que se acelere a produção e distribuição de vacinas pelo mundo, já que “há um risco real de mutação. Precisamos agir rapidamente”.
No âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brasil foi um dos países que se opôs à proposta da Índia para que as patentes fossem suspensas durante a pandemia da covid-19. Os países ricos votaram contra e entre os das economias emergentes, só o Brasil vetou a proposta.
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