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Coronavírus: “Alarmismos não ajudam nada a ninguém”

Catarina Martins apelou esta segunda-feira a que a população siga "com serenidade" as indicações da Direção Geral de Saúde e que evite “alarmismos injustificados” com a chegada do Covid-19 a Portugal.
Catarina Martins
Catarina Martins. Foto Paula Nunes.

Questionada pelos jornalistas à saída da visita a uma escola em Castelo Branco, a coordenadora do Bloco falou dos primeiros casos identificados com o coronavírus no nosso país. “O SNS está a fazer a sua parte. É preciso que o país esteja preparado. Era quase impossível, sendo uma epidemia espalhada um pouco por toda a Europa, que não houvesse nenhum caso em Portugal”, afirmou Catarina Martins, acrescentando que espera “que as pessoas tenham todo o tratamento de que necessitam e que possam recuperar depressa”.

“É natural quando há um vírus novo que as pessoas fiquem muito preocupadas, porque não se sabe ainda como tudo vai acontecer. Agora, é bom que não haja alarmismos injustificados”, prosseguiu a coordenadora bloquista, sublinhando que “vai depender muito da responsabilidade de cada um de nós e das condições do SNS a melhor resposta possível a esta epidemia”.

“Alarmismos é que não ajudam nada a ninguém. O que é que ajuda? Serenidade, cuidado, responsabilidade, contactar a Linha Saúde 24 sempre que há alguma suspeita”, contrapõe Catarina Martins, insistindo que “toda a população deve continuar a seguir os cuidados que a DGS tem recomendado”.

Quanto ao eventual cancelamento das atividades políticas públicas, a coordenadora do Bloco diz que iss não está nos planos do partido no momento atual, em que o vírus não se encontra espalhado na comunidade. “Quando o vírus fica espalhado na comunidade, como aconteceu em Itália, a situação já passa a ser diferente e pode ser preciso outro tipo de cuidados. Enquanto não houver outro tipo de recomendações, naturalmente não faremos nenhuma alteração, a não ser ter os cuidados normais que a DGS nos pede a todos”, resumiu.

“A melhor forma de manter a confiança na justiça é que quem está a ser investigado suspenda as suas funções”

A investigação aos juízes suspeitos de manipularem a distribuição de processos no Tribunal da Relação de Lisboa é outro dos temas na agenda pública e Catarina Martins voltou a sublinhar que “é uma enorme preocupação a ideia de que há corrupção na justiça”.

“A melhor forma de manter a confiança na justiça, já o disse e repito, é que quem está a ser investigado suspenda as suas funções”, defendeu Catarina. “Aquilo que eu apelo é que a própria justiça ou mesmo aqueles que estão a ser investigados tenham a iniciativa de se afastar das suas funções para não criarem alarme e para manterem a confiança nas instituições de justiça”, acrescentou.

A gravidade das investigações em causa já devia ter obrigado a esse afastamento, defendeu a coordenadora bloquista, uma vez que “a partir do momento em que há investigação é muito difícil haver confiança na justiça com juízes que estejam nas suas funções com investigações deste calibre”.

 

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