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Cordão humano exige encerramento da central de Almaraz em 2020

Ambientalistas portugueses e espanhóis manifestaram-se este sábado junto à fronteira para reafirmarem a exigência do fim da central nuclear.
Protesto o lado espanhol da barragem de Cedillo. Foto de Nuno Veiga/Lusa.

“Estamos juntos mais uma vez para mostrar a nossa oposição a qualquer tentativa de prolongamento da licença de exploração desta central. Esta central tem licença para operar até junho de 2020 e aquilo que nós queremos é que ela encerre mesmo em junho de 2020”, disse à agência Lusa o dirigente da associação ambientalista Quercus, Nuno Sequeira, no decorrer da ação junto à barragem de Cedillo, na província de Cáceres, na fronteira com Portugal.

As empresas concessionárias da central de Almaraz — Iberdrola, Endesa e Naturgy —chegaram a acordo para prolongar o funcionamento da central até 2028, mas os ambientalistas dizem que o próximo governo espanhol ainda vai a tempo de abreviar o fim de vida da central e assim afastar de vez o risco de um acidente grave.

“O perigo só termina quando o Governo espanhol anunciar a data para o encerramento da central e medidas que conduzam ao encerramento e depois desmantelamento da estrutura”, salientou Nuno Sequeira, que também é coordenador do Movimento Ibérico Antinuclear (MIA).

Os ambientalistas também querem que o governo português não deixe cair o tema no diálogo com Madrid e que o assunto esteja presente na campanha eleitoral para as próximas eleições legislativas.

O cordão humano juntou os ativistas dos dois lados da fronteira, com o protesto a chegar a Nisa, onde se concentraram junto de uma jazida de urânio para assinalar a sua oposição aos projetos de exploração de urânio na região.

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