O Liberdade é um espaço de ensaio para o mundo novo e para a vida boa que queremos construir, livres da exploração. Um acampamento assumidamente anticapitalista onde partilhamos experiências de ativismo e concepções de sociedade. Este acampamento, que tem a sua vigésima edição este ano, é organizado horizontalmente, sem hierarquias e conduzido em autogestão, com planeamento e tarefas partilhadas, sem que ninguém seja sobrecarregado.

Este tem sido um espaço incrível para formação política de gerações de jovens de esquerda. Pomos em cima da mesa da agenda política todos os temas valorizando o pluralismo no debate de ideias.

Em edições anteriores já debatemos temas como «My loneliness is killing me: Saúde mental e capitalismo», «Estratégias climáticas entre decrescimento e polpa de tomate», «Deitar abaixo ou contextualizar? Estátuas coloniais e espaço público», «O blábláblá liberal: da criptomoeda à meritocracia» ou «Da Guerra dos Tronos ao Tratado Orçamental – Meios para vencer a casta política».

O Liberdade também conta com workshops e atividades práticas como «Palavra de desordem – oficina agit-prop», «Vídeo-ativismo» ou «Linguagem inclusiva».

O Liberdade foi sempre um lugar de descoberta e emancipação. É o lugar certo para experimentarmos sermos quem somos, por inteiro. Inclusão é a máxima inviolável, sem espaço para a discriminação. Aqui, “não é não, sim é sim e talvez é não”. As conversas prolongam-se para lá dos debates, durante as refeições, na praia e no meio da pista da discoteca. Fazemos novas amizades e partilhamos experiências entre pessoas racializadas e queer. Laços de camaradagem marcam-nos para sempre e são levados para os ativismos lá fora, no partido, na escola, na faculdade, no trabalho, nas ruas.

Mas não se faz a luta sem ritmo e, se não pudermos dançar, essa não é a nossa revolução! Na icónica festa feminista damos destaque a mulheres artistas e não passam músicas com letras machistas. A discoteca enche-se de mensagens de empoderamento feminino e o assédio não põe os pés na pista. Acolhemos artistas negros, trans, de culturas alternativas, procurando celebrar a diversidade e dar visibilidade a expressões menos representadas.


