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Construção e imobiliário perdem 14 mil trabalhadores

Novas habitações atingiram o valor mais alto desde 2013, mas a emigração de milhares de trabalhadores devido aos baixos salários e a exploração de imigrantes clandestinos traduziu-se na perda de 14 mil trabalhadores neste setor.
Foto de Paulete Matos.

Albano Ribeiro, presidente do Sindicato da Construção, adiantou, em declarações ao Dinheiro Vivo, que, em média, saem por dia 100 trabalhadores da construção para trabalhar na Europa, o equivalente a 26 mil ao ano.

“Se calhar, até peca por defeito. Há muitos trabalhadores sobre os quais não temos controlo. Mas esta realidade vai continuar enquanto por cá lhes pagarem o salário mínimo. Os que ganham 1200 e 1300 euros não emigram”, destacou o dirigente sindical.

Albano Ribeiro alertou ainda para a exploração de “milhares de trabalhadores clandestinos” oriundos do Brasil e da Índia, que trabalham sem condições mínimas, com longas horas de trabalho e salários baixos. 

“Vamos pedir a intervenção das autoridades e da associação patronal porque este combate à clandestinidade é de todos. Os empresários também estão a ser penalizados com esta concorrência desleal dos patrões que não cumprem com ninguém, nem com o Estado nem com os trabalhadores”, vincou o presidente do Sindicato da Construção.

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