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Concerto de António Pinho Vargas no Centro Cultural de Belém

A Orquestra Metropolitana de Lisboa estreia este domingo, no CCB, o Concerto para violino de António Pinho Vargas, dedicado à memória do violinista arménio Gareguin Aroutiounian, que se radicou em Portugal nos anos 80 e foi solista da Orquestra da Gulbenkian.
O virtuosismo, a diversidade e a excecional qualidade da obra musical de Pinho Vargas, sobem ao palco do CCB.

Esta obra é fruto de uma encomenda do Centro Cultural de Belém (CCB), e terá com solista Tamila Kharambura, violinista de origem ucraniana, e vencedora do Prémio Maestro Silva Pereira.

"A música de António Pinho Vargas interpela-nos para lá da contemplação estética", refere na apresentação da obra a Orquestra Metropolitana de Lisboa sublinhando ainda que “o compositor é uma das mais destacadas personalidades do nosso panorama cultural, na atualidade, e por isso esta estreia incendeia expectativas".

A obra tem quatro andamentos, sendo que os dois últimos tocados sem interrupção. O quarto andamento intitulado "Allegro, transição e Lamento", resume, segundo Pinho Vargas, “o sentido da dedicatória e da sua lição".

Para o músico português, que conheceu Gareguin Aroutiounian na Escola Superior de Música de Lisboa, o violinista foi "um professor excecional e um homem notável que deixou marcas em todos" com quem se cruzou.

Além da estreia do Concerto para violino e orquestra de Pinho Vargas, a Orquestra Metropolitana de Lisboa interpreta ainda a 9.ª Sinfonia, "Coral", de Beethoven, com o coro Voces Caelestes, do maestro Sérgio Fontão, a soprano Liliana Nogueira, a meio-soprano Cátia Moreso, o tenor Marco Alves dos Santos e o barítono José Corvelo, sob a direção de Garry Walker.

Gareguin Aroutiounian nasceu na Arménia, em 1951, quando o país era uma das repúblicas da antiga União Soviética, cerca de 40 anos depois do massacre ocorrido durante a 1ª Guerra de Mundial (1914/18).

Entre as obras mais recentes de António Pinho Vargas destacam-se, entre outras, “Sete retratos de dor", para violoncelo e orquestra, "Three political events", para orquestra, a oratória "Judas", o quarteto "Monodia - quase um requiem", bem como as peças corais "Magnificat" e "De profundis" e a ópera "Outro fim".

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