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Combustíveis aos preços mais altos desde 2014
O aumento dos preços pode continuar, na medida em que a Brent, a referência para as importações de Portugal, ultrapassou esta quinta-feira os 80 dólares por barril, o que já não acontecia desde novembro de 2014. Para mais, o peso do crude no preço final dos combustíveis é da ordem dos 25% a 30% e tem havido depreciação do euro face ao dólar.
O Orçamento do Estado para 2018 assenta em projeções de um preço médio do barril de 54,8 dólares. Para mais, adianta que um aumento de 20% (para 65 dólares) iria prejudicar o PIB em 0,1%, um número que fica muito longe dos atuais 80 dólares. O resultado foi um crescimento económico de apenas 2,1% no primeiro trimestre, o ritmo mais baixo desde o terceiro trimestre de 2016.
A situação internacional explica a subida de preços: as sanções dos EUA ao Irão, o quinto maior exportador mundial, e a queda na produção da Venezuela são os principais fatores.
A queda do euro também influencia as contas. Aliás, a Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) lembra que a variação da taxa de câmbio entre o euro e o dólar americano tem uma influência “muito significativa” nos preços, já que o petróleo e os produtos refinados são comprados em dólares.
Comentários
O que tem a ver a variação actual da taxa de câmbio?
Como é que "Para mais, o peso do crude no preço final dos combustíveis é da ordem dos 25% a 30% e tem havido depreciação do euro face ao dólar." joga com as frequentes alegações de que o preço dos combustíveis não podem baixar assim que baixa o preço do barril porque as encomendas são feitas em futuros? As encomendas são feitas hoje, para ser entregues amanhã mas só quando há a entrega é que se paga?
Obrigado
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