Ciberataque à Vodafone afetou quatro milhões de utilizadores

08 de fevereiro 2022 - 22:00

A operadora classificou de "ato terrorista" o ataque que afetou os serviços de redes de dados, voz e televisão. INEM, bombeiros e rede Multibanco foram alguns dos serviços essenciais atingidos pelo corte de comunicações.

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Vodafone / Foto de Wei-Te Wong | Flickr

Em comunicado, a operadora Vodafone Portugal anunciou que “foi alvo de uma disrupção na sua rede, iniciada na noite de 7 de fevereiro de 2022 devido a um ciberataque deliberado e malicioso com o objetivo de causar danos e perturbações”.

O ataque afetou a prestação de serviços baseados em redes de dados, serviços fixos de voz, televisão, SMS e serviços de atendimento voz e digital. As limitações chegaram ainda ao INEM, corporações de bombeiros, serviços postais e na rede de Multibanco, tal como às contas bancárias validadas por SMS.

A operadora informou que irá acontecer uma “investigação aprofundada do ato criminoso”, no entanto não tiveram “indícios de que os dados de Clientes tenham sido acedidos e/ou comprometidos”.

Numa conferência de imprensa, Mário Vaz, presidente da Vodafone Portugal, disse que este ataque é um “ato terrorista” e que os hackers não pediram qualquer troca para a resolução do conflito.

Mais de quatro milhões de pessoas utilizadoras da rede móvel terão sido afetadas pelo ataque. No entanto, a operadora já assegurou o restabelecimento da rede 3G e 4G em quase a totalidade do país.

A Polícia Judiciária (PJ) já anunciou que irá dar início a uma investigação criminal, segundo o jornal Expresso.

Em nota de imprensa, a PJ refere que “a dimensão global do ciberespaço tem potenciado o aumento deste tipo de ataque que, em regra, assume uma dimensão internacional”. Por isso, as autoridades portuguesas contactaram as suas congéneres internacionais para recolher melhor informação.

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