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Cheira a cartel? Marcas de perfumes investigadas por concertação de preços

Quatro das maiores empresas que produzem fragrâncias e aromas, com uma quota de mercado conjunta de 63%, são acusadas pelas as autoridades de concorrência europeias e norte-americanas de conluio, violando as leis dos cartéis.
Fragrâncias. Foto de Tristan Mimet/wikimedia commons.
Fragrâncias. Foto de Tristan Mimet/wikimedia commons.

A autoridade da concorrência suíça, COMCO, revelou esta quarta-feira que as autoridades de concorrência da União Europeia e dos EUA estão a investigar quatro grandes empresas do setor da produção de fragrâncias para perfumes, produtos de cuidados pessoais, detergentes e produtos de limpeza, acusadas de concertação de preço e de restrição da “livre concorrência”.

Em comunicado, citado pela AFP, esta instituição diz que foram feitas rusgas em várias instalações por haver indícios “de que várias empresas ativas na produção de perfumes violaram as leis dos cartéis”, suspeitando-se que “coordenaram a sua política de preços, proibiram os seus concorrentes de fornecer a certos clientes e limitaram a produção de certos perfumes”.

Em causa estão a Firmenich International, a Givaudan, a International Flavours & Fragrances e a Symrise. As duas primeiras marcas confirmaram buscas nas suas instalações e dizem estar a cooperar. Trata-se de duas empresas suíças. A Firmenich, fundada em 1895, negoceia de momento uma fusão com a holandesa DSM. Tem 46 fábricas, emprega cerca de 10.000 pessoas e é responsável por perfumes como Angel de Thierry Mugler, Acqua di Gio de Armani e Flower de Kenzo. Detém 11% de quota do mercado. A sua rival Givaudan é ainda maior, com 18%, dedicando-se também à produção de aromas para várias marcas, área na qual se tem expandindo nos últimos anos comprando várias outras empresas, incluindo a divisão de aromas da Nestlé.

A norte-americana International Flavors & Fragrances está presente em 44 países e tem uma quota de mercado de 22%. A alemã Symrise, por sua vez, tem 12%.

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