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Cheias e precipitação histórica no sudoeste da Índia

Na cidade de Chennai, na Índia, choveu mais entre 1 e 2 de dezembro do que em qualquer outro dia desde 1901.
Foto de Babu, EPA/Lusa

Na capital do estado do estado de Tamil, Chennai, a 5ª maior cidade do país com uma população de 4.6 milhões de pessoas, choveu mais no último mês (desde 12 de novembro) do que em qualquer mês nos cem anos anteriores. Entre 1 e 2 de dezembro, choveu mais em 24 horas do que em qualquer outro dia desde 1901. Às chuvas seguiu-se uma cheia massiva, que provocou a morte a pelo menos 250 pessoas, deixando várias centenas em estado crítico. 28 mil pessoas foram salvas e milhares foram realojadas.

Foto de Babu, EPA/Lusa

Foto de Babu, EPA/Lusa


A cheia obrigou ao encerramento da eletricidade, de fábricas e do aeroporto. Em algumas áreas do estado, a cheia era tanta que as pessoas tiveram de se deslocar com água pelo pescoço. Segundo a NASA, a chuva foi devida à monção, mas este ano foi amplificada pelo facto de a água do mar ter uma temperatura anormalmente quente e também como consequência dos efeitos a longa distância do El Niño. O Instituto de Meteorologia da Índia anunciou que a chuva este ano foi 50 a 90% superior ao normal nos estados do este do país. Nas 24 hpras entre 1 e 2 de dezembro, choveram 397 milímetros de água. Em novembro choveram 1 196 milímetros de água, de acordo com o canal norte americano CNN Weather, ou seja, três vezes mais do que a chuva mensal média.

A ajuda humanitária que foi enviada para a região descreveu que se tornou vulgar ver pessoas em pequenos barcos pelas “ruas” da cidade. Atualmente, 90% da cidade já tem eletricidade, os autocarros voltaram a circular, os telefones ainda não estão funcionais e os comboios devem voltar à circulação normal no início da próxima semana. O funcionamento da internet foi muito importante para que as pessoas soubessem os pontos de entrega de mantimentos. Um equipa de informáticos criou o site de crowdsourcing (aqui www.chennairains.org) para que os habitantes soubessem onde encontrar comida e abrigo. Os voluntários estiveram a distribuir comida a cerca de 7000 pessoas. No início da próxima semana, o tráfego aéreo deve ser restaurado, facilitando a chegada de bens essenciais. Os voluntários dizem que as necessidade mais urgentes são de água potável, comida, leite e comida para bebés, seguidos de cobertores e pensos higiénicos.

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