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CGTP defende “medidas urgentes” para travar a especulação

Aumento de salários de 90 euros para todos, salário mínimo de 800 euros, aumento extraordinário de todas as pensões, reformas e prestações de apoio social, fixação de limites máximos nos preços dos bens e serviço essenciais e aplicação de um imposto sobre lucros de grandes empresas são medidas preconizadas pela central.
Aumento salarial de 90 euros para todos, uma das exigências da CGTP. Foto da Central Sindical.
Aumento salarial de 90 euros para todos, uma das exigências da CGTP. Foto da Central Sindical.

Em comunicado publicado esta segunda-feira na sua página, a CGTP defende que “são urgentes medidas para aumentar os salários e pensões, travar a especulação, a degradação das condições de vida e a exploração.”

De acordo com a central sindical, “os lucros apresentados pelas grandes empresas e grupos económicos sediados ou com atividade em Portugal, são a demonstração da gigantesca operação que o grande capital tem montada para apropriação da riqueza nacional.” Apresenta-se como exemplo a banca, grande distribuição, eletricidade, combustíveis e outras formas de energia, a indústria e serviços nos quais “os lucros líquidos das grandes empresas ultrapassaram largamente, nos primeiros seis meses do ano, os dois mil milhões de euros”.

Assim, os primeiros seis meses deste ano “são marcados por aumentos gigantescos dos lucros” depois do ano passado “19 grandes empresas e grupos económicos” terem acumulado “mais de 14 milhões de euros por dia”. Enquanto isso se passa “para os trabalhadores e as suas famílias, para os reformados e pensionistas, o que aumenta de forma gritante são as dificuldades com a perda de poder de compra, são as preocupações com a falta de resposta pública a necessidades e serviços essenciais, nomeadamente do Serviço Nacional de Saúde”.

Estes lucros do grande capital e estas dificuldades dos trabalhadores baseiam-se em “níveis de especulação e exploração” que “não são uma inevitabilidade, não são “naturais” nem muito menos uma fatalidade”. Acusa-se portanto a política do governo que “conta com o papel ativo do PSD, CDS, IL e CHEGA, para garantir e incrementar o processo de transferência da riqueza criada pelos trabalhadores para o capital”.

A CGTP nota que seriam precisas medidas de fundo mas ainda assim apresenta um conjunto de medidas urgentes para se pôr “travão à perda de poder de compra e à degradação das condições de trabalho e de vida” entre as quais:

– O aumento dos salários de todos os trabalhadores em 90€;

– Aumentos extraordinários, mesmo dos salários que foram atualizados, mas cuja revisão já foi absorvida pela inflação;

– O aumento extraordinário do Salário Mínimo Nacional, fixando-o nos 800€, com efeitos imediatos;

– O aumento extraordinário de todas as pensões e reformas que reponha o poder de compra e assegure a sua valorização;

– O aumento das prestações de apoio social;

– A fixação de limites máximos nos preços dos bens e serviço essenciais;

– A aplicação de um imposto que incida sobre os lucros colossais das grandes empresas.

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