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CGD: Bloco quer que Governo avalie intervenção de Carlos Costa

Catarina Martins anunciou que o Bloco vai apresentar um projeto para que o executivo “avalie a intervenção de Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, quando este era administrador executivo da Caixa Geral de Depósitos, nas decisões sobre aqueles que são os créditos ruinosos” da CGD.
Foto de Manuel de Almeida, Lusa.

Esta sexta-feira, à margem de uma distribuição de jornais do Bloco, que contou também com a presença de Marisa Matias, a coordenadora bloquista lembrou que "o Bloco já propôs no Parlamento que o governador do Banco de Portugal fosse exonerado por incompetência porque pura e simplesmente não viu nada do que devia ver em bancos que tiveram problemas quando já era governador, sendo que “o BES é apenas um desses muitos casos".

"Agora acrescenta-se um dado que é preocupante e que é novo", acrescentou.

Catarina Martins destacou que a auditoria ao banco público revelou que "há administradores executivos que tiveram decisões de dar créditos sem cumprir os critérios do comité de risco. Não tiveram a prudência que era necessária".

"Esses administradores, que estiveram nessas reuniões, foram avaliados e estão a ser avaliados pelo Banco de Portugal para saber se podem ou não ter idoneidade para continuar em funções. Alguns, aliás, já foram afastados", assinalou.

A dirigente do Bloco referiu que a auditoria da Caixa também deu a conhecer “que o governador do Banco de Portugal, quando era administrador executivo da Caixa, esteve em reuniões que aprovaram créditos em que não se cumpriram os critérios do comité de risco".

"E, diz o Banco de Portugal, que não vai avaliar o governador porque não pode. Ora, se o Banco de Portugal não faz o seu trabalho, achamos que o Governo deve fazer o seu trabalho", continuou.

Catarina Martins anunciou que "o Bloco vai apresentar um projeto no Parlamento para que o Governo avalie a intervenção de Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, quando era administrador executivo da Caixa [Geral de Depósitos] nas decisões sobre aqueles que são os créditos ruinosos da Caixa, que avalie e que retire as suas consequências, incluindo exonerá-lo”.

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