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Cerca de 2,4 milhões em risco de pobreza em Portugal

O inquérito do Instituto Nacional de Estatística revela que um total de dois milhões e 399 mil portugueses estavam em risco de pobreza ou exclusão social em 2017.
Cerca de 2,4 milhões em risco de pobreza em Portugal
Foto de Paulete Matos.

O Inquérito às Condições de Vida e Rendimento é conduzido em Portugal pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) desde 2004. Os dados são recolhidos através de entrevistas presenciais e em  2017, foram inquiridas 14 052 famílias.

Relativamente ao ano de 2017, foram observados dois milhões e 399 mil portugueses (ou seja, 23,3%) em risco de pobreza ou exclusão social. Este valor é inferior em 196 mil face aos números de 2016. 

O questionário, ao qual a agência Lusa teve acesso, inclui perguntas sobre o agregado familiar e sobre as características pessoais de cada membro, em particular sobre os rendimentos dos elementos com 16 ou mais anos. As entrevistas costumam ser conduzidas no segundo trimestre do ano. 

O indicador estatístico relativo à população em risco de pobreza ou exclusão social faz uma associação entre a condição de risco de pobreza relativa às de privação material severa e de intensidade laboral ‘per capita’ muito reduzida (ou seja, pessoas com menos de 60 anos em agregados em que os adultos trabalhem em média menos de 20% do tempo de trabalho possível nesse período).

Do total de pessoas em pobreza ou exclusão social analisados no inquérito, 18% (431 mil) eram menores de 18 anos e 18,8% (451 mil) tinham 65 ou mais anos.

O inquérito analisa dados relativos à privação material, nomeadamente capacidade de usufruir de uma semana de férias fora de casa, pagamento de despesas inesperadas ou capacidade para pagar o aquecimento do lar.

Em 2017, 6,9% dos residentes em território português viviam em condição de privação material severa (708 milhares de pessoas). Este valor é inferior em 1,5 pontos percentuais face ao observado em 2016.

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