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Centro histórico de Lisboa tem 3 mil alojamentos locais por quilómetro quadrado
Conforme escreve o Negócios, nos períodos em que os alojamentos estão cheios, por cada 100 residentes há 184 a 197 turistas a pernoitar nos bairros do Castelo, Mouraria e Alfama.
A segunda freguesia com maior percentagem de alojamento local (AL) é a Misericórdia, que inclui o Bairro Alto, Santa Catarina e Cais do Sodré, onde a quota do alojamento local atingiu os 35%.
No período de transição, ou seja, desde o momento da aprovação até à entrada em vigor da lei aprovada na Assembleia da República que prevê que as Câmaras podem estabelecer quotas ou "zonas de contenção" para o alojamento local, o crescimento deste tipo de arrendamento foi transversal a todo o centro da cidade. Nas freguesias de Santo António e São Vicente, a percentagem de casas destinadas a turistas passou em três meses de 15% e 12% para 18% e 14%, respetivamente. Em bairros como Arroios ou Estrela, a quota já chega aos 9% e 8%.
Desde 9 de novembro passaram a estar suspensas as autorizações para novos registos de estabelecimentos de alojamento local em cinco bairros históricos: Alfama, Mouraria e Castelo, Bairro Alto e Madragoa.
A medida estava prevista no Acordo que foi firmado entre o Bloco e o PS em Lisboa, que prevê alterações ao enquadramento legal do alojamento local no sentido de um processo de autorização com critérios a definir pelos municípios.
O vereador bloquista Manuel Grilo congratulou-se com a suspensão do alojamento local em vários bairros lisboetas, defendendo, contudo, que a medida já é tardia e que a restrição ao AL tem de ser expandida para outras zonas sobrecarregadas.
O Bloco alertou e aqui está uma prova que tinha razão. A exclusão de zonas sobrecarregadas (como a Baixa), das zonas de restrição de AL não tem justificação. Vamos propor alargamento da suspensão a todas as zonas do centro e às que estão sob monitorização.https://t.co/l6avQzT8ro
— Manuel Grilo (@manuelfrgrilo) 6 de dezembro de 2018
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